Defensor de Bolsonaro e da luta contra a corrupção, Fred Pontes foi condenado a 6 anos de reclusão por atentado violento ao pudor, pelo Tribunal de Justiça da Bahia: “Condenação confirmada porque a prova carreada aos autos demonstra, de forma segura e conclusiva, que o réu praticou atos libidinosos diversos da conjunção carnal com a vítima, menor de 14 anos de idade, consistentes em retirar a roupa desta e esfregar o pênis na menina e em agarrá-la por trás e passar a mão em sua vagina, condutas que caracterizaram os delitos de atentado violento contra o pudor com violência presumida pelos quais foi corretamente condenado”. O abuso aconteceu treze anos atrás na casa de Fred, então com 30 anos.
O “cidadão de bem” já tem registro na Polícia Civil de Juazeiro e Petrolina. Em 2016, atacou uma estudante que expôs sua opinião sobre aborto numa rede social, que prestou queixa na Delegacia da Mulher.
“Olha a cara dessa desgraça. Defende aborto, mas não gosta de homem. Vai pra puta que lhe pariu doidinha. Lambe cu de comunista. No dia que vc engravidar e abortar, aí nós conversaremos. Você na cadeia e eu rindo de sua cara cafajeste”, escreveu Fred.
Neste mesmo ano, ele já havia sido processado por injúria e difamação, por uma professora que trabalha questões de gênero na Universidade de Petrolina. Ele ainda quase agrediu outra professora durante um debate sobre o projeto Escola sem Partido.
A hipocrisia da extrema-direita e seu conservadorismo fica cada dia mais escancarada. No país em que a cada 4 horas uma menina é estuprada por um conhecido, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos diz que meninas são abusadas porque não usam calcinha. O resultado da política bolsonarista se vê no aumento exponencial dos casos de feminícidios no Brasil, em comparação ao ano passado.
É inquestionável que a educação sexual nas escolas, associado ao debate de gênero e sexualidade, são ferramentas fundamentais para combater a violência machista que tem sua expressão de dezenas de formas. Um plano de emergência de combate à violência contra as mulheres que acolha as vítimas e as auxilie a ter independência física, financeira e psicológica do agressores se fazem necessários para a emancipação das mulheres.
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