Durante uma semana sem alunos na faculdade (a semana da pátria), a gestão do CAHIS chamou uma assembleia para definir seu calendário eleitoral.
Essa assembleia, realizada na segunda-feira (12/09) contou com menos de 30 estudantes, sendo a maioria da própria gestão ou de correntes que compõem a gestão. Nessa assembleia, a proposta da gestão seria de que es estudantes teriam apenas três dias para a formação de chapas (até dia 15/09). Nós, da juventude Faísca Revolucionária, junto aos companheiros do Rebeldia, nos opomos a essa proposta e defendemos o adiamento do processo eleitoral. A proposta da gestão foi aprovada nessa assembleia ultra esvaziada.
Na tentativa de evitar que os estudantes sejam tratados dessa forma burocrática e que o processo eleitoral fosse realmente realizado de forma democrática para pensarmos os rumos da nossa entidade, ainda mais em um momento político de cada vez mais precarização na universidade, fizemos, junto a outros estudantes, um abaixo assinado pelo adiamento das eleições e pela democracia no movimento estudantil. Tal abaixo assinado, tanto com assinaturas físicas e on-line que foram recolhidos durante a quarta-feira (14/09), já conta com mais de 150 nomes até o momento, mostrando um alto número de estudantes que não concordam com a forma burocrática com a qual a gestão vêm levando o processo eleitoral da nossa entidade.
Além disso, foi decidido, a partir da plenária dos 3 setores, uma paralisação no dia 20/09, contra a falta de água no CRUSP, os ataques à permanência e pelo Fora PM da USP. Uma eleição nessa semana significaria, também, a ausência de um CA para organizar a mobilização nessa luta que nos afeta diretamente, visto que as funções do CA estariam sendo realizadas pela Comissão Eleitoral, e que as forças políticas estariam divididas entre as eleições e a construção da paralisação. Reforçamos o chamado a que todes es estudantes estejam hoje na assembleia pra gente poder, juntos, tanto construir os rumos da paralisação e modificar esse calendário eleitoral de maneira que os estudantes possam de fato ser sujeitos de um processo eleitoral, para que possamos explorar ao máximo as potencialidades de nossa entidade.
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