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Refugiados | 150 refugiados afegãos estão há dias no aeroporto de Guarulhos: culpa do imperialismo e de Bolsonaro

A situação se explica pelo descaso racista do governo genocida de Bolsonaro e pela onda de refugiados gerada pela retirada das tropas imperialistas estadunidenses, provocando uma catástrofe humanitária, abrindo caminho ao reacionário e fundamentalista Talibã.

quarta-feira 12 de outubro de 2022 | Edição do dia

Segundo o Estadão, os refugiados continuam chegando no aeroporto, sem nenhuma resposta do governo federal, apesar de possuírem visto humanitário. Muitos deles estão há dias sem tomar banho e com fome. Alguns dos refugiados foram encaminhados para centros de acolhimento, mas o grupo, que muda de composição a todo momento, tem crescido especialmente desde agosto. Segundo a prefeitura de Guarulhos, só neste mês ao menos 250 afegãos se cadastraram no posto de atendimento a migrantes do aeroporto para receber assistência.

Levando em conta o histórico racista de Bolsonaro com os venezuelanos, por exemplo, se explica rapidamente a postura cínica do governo federal, mas que tem cúmplices tácitos no governo de São Paulo e dos municípios também. Vale retomarmos a invasão reacionária do Exército Brasileiro ao Haiti, na qual até hoje milhares de imigrantes moram e vêm para o Brasil fruto da devastação causada no país - e é bom lembrar, que essa operação foi promovida no governo Lula. A questão dos refugiados para o Estado brasileiro é tratada com extrema negligência, burocracia e racismo.

Essa situação dos afegãos foi desencadeada pela retirada das tropas imperialistas dos Estados Unidos do Afeganistão. Os frutos de sua “Guerra ao Terror” nada mais foi do que abrir espaço a um grupo ultrarreacionário e fundamentalista islâmico, o Talibã, além de promover em todos esses anos miséria e privação de direitos fundamentais. O país atravessa uma crise social e humanitária profunda. O terremoto de magnitude 6,1, em junho, afetou ainda mais a região.

O Esquerda Diário se solidariza com a situação dos refugiados afegãos e defende que tenham plenos direitos sociais e trabalhistas. É necessário batalhar pela abertura das fronteiras a todos os refugiados internacionalmente, pois somos uma só classe mundo afora e temos a mesma luta contra o capitalismo.

Leia mais: O espectro do 11 de Setembro e a crise no Afeganistão




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