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Crise capitalista | 25% dos brasileiros estão endividados enquanto bancos e patrões lucram às custas disso

Segundo os dados da CNC, 1 em cada 4 brasileiros tem dívidas, (64,25 milhões dos 212 milhões de habitantes no país).

sexta-feira 21 de outubro de 2022 | Edição do dia

Esses dados não são novos, a maioria de nós convive diariamente com o sentimento de estar endividado, estamos há anos pagando pela crise dos capitalistas, literalmente, nossa classe está a mercê de uma política nefasta que foi brutalmente aprofundada com o papel do Governo Bolsonaro-Guedes, que na direção das políticas econômicas do Estado, onde foram responsáveis por aprofundar ainda mais a crescente inflação. A taxa fixada pelo Banco Central é de 13,75% ao ano, a maior taxa nos últimos seis anos. Essa taxa, estabelecida pelo Banco Central (que tem como presidente atual o indicado de Bolsonaro) influencia diretamente no valor dos juros das dívidas.

Bolsonaro demagogicamente diz que as políticas econômicas que Guedes implementou produziram riqueza e gerou distribuição dela, tendo recordes na geração de empregos, aumentando os benefícios sociais para os mais vulneráveis e facilitando a abertura de novas empresas. Tratam-se de mentiras descaradas (bom, menos a última, fato que Bolsonaro realmente facilitou ainda mais para os patrões abrirem novas empresas).

Já Lula-Alckmin coloca como solução a negociação com os bancos e credores. Algo que é diretamente absurdo. Mantém os trabalhadores pagando as consequências da política bolsonarista, que foi fortalecida justamente pelas alianças dos governos petistas com a direita. "Vamos promover a renegociação das dívidas das famílias e das pequenas e médias empresas…” diz a proposta da chapa. Os bancos não estão satisfeitos com os bilionários subsídios que o governo Bolsonaro-Guedes injetou nos bancos quando supostamente não havia recurso para oxigênio e vacinas, querem ainda manter as famílias brasileiras reféns dos rendimentos de suas receitas por mais tempo. Trata-se de algo nefasto, reacionário por natureza.

O Banco Central (BC) tem sido também tópico de discussão, ainda que sem muitas divergências dado que as duas chapas (Bolsonaro e Lula-Alckmin) manterão o atual presidente da instituição, Roberto Campos Neto, esse indicado por Bolsonaro. Além disso, Lula já expressou que não tem interesse em reverter a autonomia do BC, ou seja, não terá em suas mãos a principal ferramenta de gestão da economia brasileira e de controle da inflação. O BC é quem controla os depósitos compulsórios, esses são os recursos dos bancos mantidos no BC como forma de ajudar regular a quantidade de dinheiro na economia e, com isso, ajudar a controlar a inflação.

O programa que pode realmente se enfrentar com a miséria, desemprego e as dívidas passa por uma estratégia de unidade de trabalhadores com a juventude, as mulheres, os negros, LGBTQIAP+, indígenas PCDs, e todos os oprimidos, contra a extrema-direita e a direita, revogando todos os ataques, reformas e privatizações frutos do golpe institucional. As alianças com a direita que justamente aprovou junto com Bolsonaro todos esses ataques, como a reforma da previdência, do ensino médio e trabalhista, privatizações (eletrobrás, refinarias da petrobrás, etc) e ataques (PLs que facilitam a grilagem, o desmatamento, e em última instância os massacres indígenas cometidos em nome da exploração do agronegócio e mineração) não é capaz de apontar uma saída para os problemas reais dos trabalhadores e toda população que mais sofre com a crise.

Precisamos de um programa operário para enfrenta os capitalistas! Pela redução de horas de trabalho sem redução de salário, isso pode responder diretamente ao endividamento porque imediatamente cria milhares de empregos para quem atualmente está desempregado. Precisamos lutar pelo congelamento dos preços dos alimentos para barrar a fome, mas lutar rumo a expropriação se das empresas de alimentação! Questionar o pagamento da fraudulenta dívida pública é necessário para tirar nosso povo da miséria, não tem como fazer isso de mãos dadas com o capitão que a defendeu a todo custo, Geraldo Alckmin. O combate responsável ao bolsonarismo está na luta de classes, com auto-organização dos trabalhadores e estudantes, em cada local de trabalho estudo, tomando as ferramentas de organização da mão da traidora burocracia sindical e estudantil, esses que travam todas nossas lutas para canalizar nossa revolta numa aliança com nossos opressores.




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