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CORONAVÍRUS | 4 mil mortes em 24h: é urgente um plano de vacinação para todos e a quebra de patentes

O Brasil atingiu mais de 4.249 mortes por Covid-19 em 24h, fruto da condução irresponsável da pandemia pelos governos. É urgente a quebra de patentes para garantir vacina para todos!

quinta-feira 8 de abril de 2021 | Edição do dia

Foto: Tempura/iStock

A média móvel de mortes no país nos últimos 7 dias ficou em 2.775. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +22%. Treze estados e o Distrito Federal estão com alta nas mortes: ES, MG, RJ, SP, DF, MS, MT, AP, PA, CE, MA, PB, PE e PI.

Isso se dá pela política negacionista de Bolsonaro, que antes admitia não querer gastar dinheiro público com vacinas, que chamou o vírus de "gripezinha" e que conduziu o combate à pandemia condenando milhares à morte sem peso algum na consciência.

Os governos estaduais, no entanto, junto com o Congresso e o STF, se colocam como um setor do regime de oposição ao presidente, mas não passa de grandes mentiras, pois também não fizeram nada para mudar esse triste cenário que chegamos hoje. Pelo contrário, continuaram aprovando uma agenda de ataques no meio da pandemia ao longo do último ano, com cortes e congelamento de investimento na saúde e educação, com privatizações, e com medidas insuficientes de combate à pandemia, sem fornecer testes massivos, nem organizar uma quarentena racional, além de terem ficado de mãos dadas com Bolsonaro no momento de aprovar um auxílio de miséria.

Inclusive nesta semana, o Congresso, já tendo aprovado na Câmara e com todas as garantias de que igualmente será aprovado no Senado, declarou defender o PL 948, que favorece empresários e a iniciativa privada no processo de vacinação. O projeto permite que empresários possam adquirir imunizantes - sem necessidade de aprovação da Anvisa - para vacinar seus funcionários e familiares, por fora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que é vinculado ao Ministério da Saúde e responsável por distribuir proporcionalmente as vacinas entre os estados e municípios, levando em consideração os grupos prioritários. Ou seja, o Congresso, com a esmagadora maioria de votos dos deputados, aprova que empresários furem a fila e tenham acesso à vacina quando bem quiserem, justamente no país em que somente 10% da população foi imunizada e alcançamos mais de 4 mil mortes diárias.

Tanto Bolsonaro como os demais setores do regime político do golpe institucional no Brasil, com as diferenças que tenham e pareçam ter, defendem um mesmo ponto que é fundamental: querem rifar a vida do povo pobre para salvar o lucro dos patrões. Para isso, são ferrenhos defensores das patentes, que são o mecanismo que permite que as grandes empresas da indústria farmacêutica possam obter lucros bilionários em cima da morte de milhões de pessoas.

Por outro lado, contam com a cumplicidade do PT e do PCdoB, que usam permanentemente suas posições políticas, no Congresso e demais instituições, para controlar a revolta das massas. As centrais sindicais que comandam, a CUT e a CTB, se fazem de mortas diante não apenas da pandemia, mas dos enormes ataques econômicos aos direitos dos trabalhadores.

Poderiam organizar os trabalhadores, mas não querem. Dependem dos privilégios de sua ligação material com o aparato de Estado, e politicamente preferem seguir desmoralizando e passivizando as massas a fim de que o PT se cacife eleitoralmente em 2022, como administrador da agenda econômica do golpe.

Mas não podemos esperar. As mortes continuarão, e o país segue sem vacinas para ninguém. É necessário imediatamente um plano científico de vacinação que dê condições à imunização universal da população, e não apenas de uma parte mínima dela, como os governos querem.

Frente a isso, é necessário um programa independente dos trabalhadores de combate à crise sanitária. É urgente a defesa da quebra de patentes das grandes indústrias farmacêuticas, que só pensam em lucrar com a catástrofe, para que os próprios trabalhadores da saúde junto a especialistas disponham das pesquisas e resultados, concedendo acesso público a esses dados, com independência dos governos que, juntos com as grandes empresas, já demonstraram que a produção de vacinas está subordinada aos seus lucros, mesmo que isso signifique a morte de milhões.




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