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5 fatos que mostram o bolsonarismo radical de Tarcísio de Freitas que ele tenta esconder

quinta-feira 27 de outubro de 2022 | Edição do dia

O candidato do Republicanos ao governo de São Paulo tenta se mostrar razoável e moderado, para esconder seu alinhamento político e ideológico com Bolsonaro. Mais do que um candidato que promove fake news como seu chefe, Tarcísio é um candidato todo fake. Aqui 5 fatos que mostram o alinhamento de Tarcísio de Freitas com o bolsonarismo mais tacanho.

1. Com a maior cara de pau, Tarcísio tem feito os maiores contorcionismos para defender o governo Bolsonaro na questão da pandemia. Mente ao afirmar que Bolsonaro não foi anti-vacina. Mente ao afirmar que Bolsonaro não fez chacota das vítimas de covid. Defende o contrário do que fez e falou o governo Bolsonaro, ao mesmo tempo que avalizou como ministro cada um dos crimes deste governo na condução da pandemia.

2. Tarcísio é mais um desses reacionários do exército, que se orgulham de terem atuado na missão da ONU no Haiti durante os governos do PT, que para os haitianos não significou nada além de violência, opressão e exploração. É bastante presente na campanha eleitoral deste capitão reformado do exército sua experiência nas tropas brasileiras que ocuparam o Haiti, numa missão ordenada pela violência imperialista. É com essa visão que Tarcísio quer governar São Paulo e chefiar uma das polícias mais assassinas do mundo. Não à toa, disse em uma de suas propagandas eleitoral que “a experiência de enfrentamento no Haiti, de certa forma, nos ajuda a se colocar na situação do policial que está na rua todos os dias enfrentando a criminalidade”;

3. O candidato do Republicanos tenta se mascarar com um discurso modernizante, mas é difícil esconder que ele representa a continuidade com o que existe de mais conservador e reacionário na política brasileira e paulista. O discurso pautado em obras e segurança pública é um velho conhecido e tem raízes profundas na política paulista. É o ressurgimento do malufismo, com o mesmo discurso do rouba, mas faz e do bandido bom é bandido morto. Mas Tarcísio não conta com o mesmo apoio das estruturas de poder enraizadas nas cúpulas das polícias paulistas, como contava Paulo Maluf.

4. Seu partido é o Republicanos, partido fundado por lideranças fanáticas e bispos da Igreja Universal do Reino de Deus e que já abrigou e abriga nomes desprezíveis como o vice-presidente “General Mourão”, defensor ferrenho da Ditadura militar, Flávio e Carlos Bolsonaro, Celso Russomanno, Marcelo Crivella, Edir Macedo e Marcos Feliciano e Douglas Garcia, conhecido por perseguir e assediar professores. Esses nomes já dão uma boa noção do que defende o Republicanos e consequentemente seus integrantes, como Tarcísio de Freitas, mas não custa ressaltar seu machismo e racismo, além da defesa intransigente das reformas e ataques ultra neoliberais.

5. Os quatro pontos anteriores não deixam margem para dúvida sobre o quanto é farsesco o bolsonarismo “light” de Tarcísio de Freitas, como se existisse possibilidade para isso. Seu alinhamento político e ideológico é completo com Bolsonaro e o bolsonarismo. Nunca escondeu seu padrinho político e protagonizou inúmeros discursos e falas que mostram seu fundamentalismo religioso, sua aversão ao que chamam de “ideologia de gênero” para se referir ao seu machismo e LGBTfobia. No início de sua campanha, em uma igreja evangélica pediu “que Deus livre o país da ideologia de gênero”, por consequência é contra o ensino sexual nas escolas, numa realidade onde vemos dezenas de milhares de mulheres e crianças estupradas todos os anos, e em que grande parte dos abusos ocorrem contra meninas de até 14 anos e mulheres negras. Negou publicamente em debate no primeiro turno a existência do racismo no Brasil e se posicionou contra as cotas raciais, por óbvio é o representante da linha dura da guerra às drogas que assassina principalmente a juventude negra e pobre.

Um governo Tarcísio de Freitas em São Paulo será indiscutivelmente um governo de privatizações e ataques à vida dos trabalhadores e juventude, contratos com as grandes empreiteiras e uma base forte bolsonaristas. Mas sobretudo está colocada a necessidade de nos organizarmos para enfrentar Bolsonaro, o bolsonarismo - representado em figuras reacionárias como essa de Tarcísio de Freitas. São Paulo abriga os maiores sindicatos do país, estratégicos para organizar a luta contra a extrema-direita. Por isso, é absurda a paralisia completa da CUT e CTB, que não coloca na ordem do dia essa questão, apostando em enfrentar Bolsonaro e Tarcísio se aliando à direita, que por tantas vezes fomentou e apoiou as pautas, ataques e essas figuras reacionárias.




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