Ontem, estudantes da Unicamp se reuniram em assembleia para debater uma resposta contundente aos ataques de teor racista e nazista no Bar do Ademir da última sexta-feira, em particular com o ato que será neste 13 de Maio, com concentração na Unicamp às 15h30. Sobre a posição da Faísca Revolucionária na assembleia, veja declaração de Victoria Gordon, estudante da Pedagogia e também militante do Quilombo Vermelho - Luta negra anticapitalista.
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quinta-feira 12 de maio de 2022 | Edição do dia
“Nós da Faísca viemos chamando o movimento estudantil a responder com luta e auto-organização esse ataque racista e nazista no Bar do Ademir, que é um Bar bastante frequentado pelos estudantes da Moradia Estudantil, negros, mulheres, indígenas e também por toda a esquerda. Na Unicamp, já viemos de pixações nazistas no IFCH. Sabemos que essa corja da extrema direita é incentivada por Bolsonaro e nossa resposta a esse caso pode ser um impulso para enfrentar na luta esse governo e sua base social.
Por isso, fizemos passagens em sala nesta semana, também junto a outros setores da esquerda, construímos panfletagens e defendemos nossa perspectiva de assembleias de base nos cursos para organizar a luta e fortalecer o ato do dia 13. Também estamos construindo as reuniões e ações junto ao movimento negro da Unicamp. Achamos fundamental que, diante de ataques como esse, nossa resposta seja uma grande unidade na luta. Esse ataque não pode nos intimidar!
A UNE (União Nacional dos Estudantes), dirigida pelo PT e PCdoB, precisa organizar uma forte resposta a casos como esse em cada universidade. Precisamos que o ato de amanhã seja uma demonstração contundente da nossa força. Chamamos todos os sindicatos da cidade, parlamentares de esquerda e movimentos de cultura a enviarem representações. Também exigimos que a reitoria, que se coloca como democrática na universidade, emita uma posição contra esse ataque, sem com isso fortalecer medidas de controle que vão se voltar contra o movimento estudantil.
Nós da Faísca defendemos que somente com nossa luta e auto-organização, dos estudantes em aliança à classe trabalhadora, podemos derrotar o bolsonarismo, sem confiança nas instituições desse regime e sem conciliação com nossos inimigos”, diz Victoria Gordon.