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Rebelião chilena 2019 | A direita chilena prepara ataque contra o indulto a presos políticos

Depois do indulto presidencial a 12 presos políticos da rebelião de Outubro de 2019, as declarações da direita e do poder judiciário vieram à tona. No caso do Chile Vamos, falam de uma acusação constitucional contra a Ministra da Justiça, sobre eliminar o indulto presidencial e, inclusive, acusar constitucionalmente o presidente Gabriel Boric.

sexta-feira 6 de janeiro de 2023 | Edição do dia

Uma investida e ataque político por vários caminhos é o que avaliam os setores direitistas chilenos depois da decisão do governo federal de entregar o indulto presidencial a 12 presos políticos da rebelião social ocorrida em outubro de 2019 no Chile, e a Jorge Mateluna, ex-membro da Frente Patriótico Manuel Rodríguez, acusado de assaltar um banco em 2013.

De sua parte, a Corte Suprema e a Associação de Fiscais manifestaram seu rechaço às declarações emitidas pelo presidente Gabriel Boric sobre Mateluna, e a decisão de outorgar o indulto se baseando no argumento de que no julgamento houveram irregularidades. Entre os indultados mais conhecidos está Jordano Santander, de San Antonio, condenado por uma armadilha da Polícia de Investigações, caso famoso pelo absurdo das acusações.

Os indultados são: Juan Bastián Olguín Rivera de 31 anos; Bastián Ignacio Campos Gaete de 22 anos; Jordano Jesús Santander Riquelme de 38 anos; Luis Arturo Castillo Opazo de 37 anos; Felipe Eduardo Santana Torres de 22 anos; Cristián Marcelo Cayupán Queupil de 30 anos; Francisco Andrés Hernández Riquelme de 23 anos; Sebastián Emmanuel Montenegro Coo de 25 anos; Claudio Anatanael Romero Domínguez de 21 anos; Brandon Sebastián Rojas Cornejo de 22 anos; e Jorge Mauricio Mateluna Rojas de 48 anos. Os casos correspondentes a Antofagasta, no norte do Chile, Bastián Campos e Sebastián Montenegro, ambos já estavam em liberdade, porque cumpriram o período de condenação e saíram há alguns meses.

No país ainda há dezenas de presos políticos na prisão e, pior ainda, um manto de impunidade sobre todos os responsáveis das massivas repressões e violações de direitos humanos, entre eles o ex-presidente Piñera, os oficiais dos carabineros e da Polícia de Investigações (PDI), assim como também das Forças Armadas.

Entretanto, esses indultos irritaram a direita e os setores mais conservadores e reacionários presentes no poder judiciário, que durante todos esses anos, mantiveram os presos políticos da rebelião atrás das grades e distantes de suas famílias.

A incansável luta travada pelos familiares e amigos dos presos políticos da revolta e do movimento mapuche segue de pé, durante o governo de Gabriel Boric continuam existindo presos políticos, enquanto que Chile Vamos aproveita cada oportunidade para reafirmar sua devoção à justiça herdada da ditadura, em que se persegue e prende jovens lutadores sociais dos setores populares com qualquer justificativa para criminalizar a mobilização social.

Tradução feita por Lara Zaramella




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