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CAPITALISMO | A realidade do capitalismo: Vida na periferia de São Paulo é 23 anos mais curta

Paulistanos da periferia morrem até 23 anos mais cedo do que moradores de áreas nobres. No extremo leste da cidade, a idade média ao morrer é menor que a expectativa no Congo.

quarta-feira 28 de novembro de 2018 | Edição do dia

Imagem: DW

O capitalismo que faz com que milhares de trabalhadores tenham que viver com baixos salários e sem ter todos os meios necessários para que a grande maioria dos indivíduos da sociedade tenham que sobreviver, é um dos motivos que faz com que a expectativa de vida diminua em relação a periferia. São várias consequências que este sistema que visa buscar o lucro para a minoria trás para o trabalhador, consequências estas como estresse, depressão, não ter dinheiro para comprar o remédio, saúde precária, longa jornada de trabalho em condição insalubre e além disso ter que conviver com a repressão policial.

Em São Paulo, a desigualdade fruto do sistema capitalista mostra muito bem esta faceta cruel que é reservada para os trabalhadores e demais setores populares da sociedade. De acordo com o mapa da Desigualdade, Paulistanos da periferia morrem até 23 anos mais cedo do que moradores de áreas nobres. No extremo leste da cidade, a idade média ao morrer é menor que a expectativa no Congo.

O absurdo é imenso, que os poucos 37 quilômetros de distância entre o Shopping Iguatemi, que fica na rica região do Jardins, e o coração do bairro periférico da Cidade Tiradentes mostram bem esta cruel faceta. Enquanto na região rica citada, os moradores viveram em média 81,58 anos, idade média de vida comparado a um país como á Áustria, um morador da Cidade Tiradentes vive 58,4 anos de vida, 1,4 anos menos do que se vive na República Popular do Congo.

A periferia de São Paulo e a Cidade de Tirandentes pertencem ao Brasil de meio século atrás, quando a idade com que se morria no país era equivalente á media de 58,4 anos que os moradores do bairro periférico morram hoje. Isto só mostra que o capitalismo, consegue trazer atraso para aqueles que não possui uma condição de vida digna para poder manter a sua existência.

Os números escandalosos e alarmantes não param por ai. Na região de Artur Alvin, na Zona Leste de São Paulo, a mortalidade infantil chega a 21,34 de cada mil bebês nascidos. Em relação ao bairro do Socorro, localizado na Zona Sul de São Paulo, este número despenca para 2,54, algo que pode ser comparado com o que foi registrado na Noruega, de acordo com as Nações Unidas. As Inúmeras mortes de bebês talvez possam ser explicadas pelo alto número de mulheres que não realizam o pré natal de forma adequada nos bairros periféricos. Já em Moema, bairro nobre de São Paulo, apenas 4,17% de mães de bebês nascidos 2017 não fizeram ao menos sete consulta com um obstetra da região. No Itaim Paulista, Zona Leste da cidade de São Paulo, esse número cresce para 31,2%

Como colocado, enquanto o trabalhador é obrigado a viver uma condição de vida precária que o capitalismo impõe, a população mais rica da cidade tem a disposição todo aparato para poder ter uma alta expectativa de vida, os trabalhadores que vivem apenas de um salário para poder sobreviver, não possui as condições necessária para manter a sua existência. Isso é escandaloso, se formos pensar que são os trabalhadores que tudo produzem e fazem a sociedade se movimentar, mas não ficam com o seu trabalho porque são explorados pelos grandes capitalistas

O golpe institucional em 2016 que teve só existiu para implementar medidas muito mais duras do que o PT já vinha implementando durante o seu governo, conseguiu implementar medidas como a Pec do Teto que limita o investimento em áreas como a Saúde Pública. O governo do reacionário Jair Bolsonaro apenas tende a aprofundar este caos expresso em números preocupantes, porque pretende aprofundar com as medidas contra os trabalhadores e demais setores populares da sociedade que Temer já estava implementando.




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