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Nefasto! | ALESP: Deputados Bolsonaristas articulam com centrão e PT aumento de 50% do salário para governador e policiais militares

Deputados bolsonaristas base do atual Governador de SP Rodrigo Garcia (PSDB), na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) articulam um escandaloso aumento de salário de até 50% para o governador. Essa decisão tem um efeito cascata para vários setores como a policiais, auditores fiscais e outras carreiras que têm como teto o salário do governador.

sexta-feira 11 de novembro de 2022 | Edição do dia

Prevê-se um custo de R$1,8 bilhão ao ano para os cofres do estado, na medida que o efeito cascata sobre o salário da aristocracia do funcionalismo passaria de R$ 23 mil para R$ 34,6 mil. Interessante que a ALESP ainda nem pautou o reajuste inflacionário do salário mínimo regional e já está pensando em dobrar o salário dos servidores que recebem o teto de 23 mil reais por mês.

Essa é mais uma medida absurda que reforça o caráter perverso do legislativo, que pouco se importa com os professores, garis, técnicos de enfermagem, rodoviários, metroviários, etc. Buscam reforçar a influência sobre a base reacionária do bolsonarismo nas forças de repressão, especificamente nas polícias militares. Os votos do PT favoráveis ao aumento dos salários desses setores reforçam que a política petista de conciliação de classe age diretamente contra os interesses dos trabalhadores e oprimidos.

Enquanto os professores amargam uma nova carreira aprovada por Doria, Rodrigo Garcia e Alesp, sem qualquer luta da Apeoesp, a direção do sindicato mente em reunião de Conselheiros que o projeto é somente de Tarcísio de Freitas, e diz que a grande tarefa dos professores é dar base para efetivar a posse de Lula, enquanto aprovam aumento do salário de Tarcísio.

Qual o interesse de nossa classe que nossos repressores estejam em melhores
condições de nos reprimir? Mais uma vez a política do PT fortalece as bases do bolsonarismo.

Isso após as eleições que deram a vitória à chapa Lula-Alckmin por uma pequena margem de votos, assistimos os bloqueios bolsonaristas nas rodovias, e mais recentemente os acampamentos na frente dos quartéis, esses que seguem mobilizados ainda que já pouco expressivos. Desde os resultados do primeiro turno está colocado que a extrema-direita sai fortalecida se consolidando institucionalmente. Não são poucas as figuras bolsonaristas que se elegeram, destacamos Ricardo Salles, Damares Alves, Mourão aqui no estado, etc.

Trata-se de uma força política que seguirá existindo e atuando enquanto oposição organizada ao governo da frente ampla, com poder de mobilização nas ruas e uma base dura e reacionária.

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Isso significa que a bandeira de enfrentamento à extrema-direita segue na ordem do dia. Para realmente combater os pilares do bolsonarismo, suas reformas, ataques e privatizações, os trabalhadores precisam se organizar de forma independente do novo governo eleito. Como poderiam os nossos sindicatos e centros acadêmicos ficarem reféns da política da frente ampla?

Como vimos na composição do novo MEC precisamos de independência do governo para defenderem os interesses dos trabalhadores e estudantes. Parte da esquerda já anunciou sua entrada no governo, como o PSOL-Rede que integrará até mesmo o governo de transição com notórios neoliberais. O caminho para enfrentar os ataques à educação, revogar as reformas trabalhistas e da previdência, revogar os cortes e a reforma do Ensino Médio, assim como levar à frente as obras paradas, é através da força da luta dos trabalhadores ao lado da juventude, das mulheres, negros, LGBTQIAP+ e indígenas, jamais como nosso inimigos e a direita.




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