O capitalismo é aquele velho predador que apresenta-se como jovem, belo e eterno. É um sistema que necessariamente precisa manipular a percepção estética da coletividade para por preço em tudo, se bobear até mesmo no ar em que respiramos. Não importa se o capitalista veste o terno das democracias (...)
Quando o filme King Kong estreou em 1933, os espectadores americanos sabiam que aquela monstruosa alegoria da depressão econômica não cessaria de rugir tão cedo sobre a cidade de Nova York.
As vivências estéticas que nos cercam existem para fazer da imagem não um conflito com a realidade, mas uma tentativa de integração total das populações nos parâmetros ideológicos do capitalismo.
México, agosto de 1940. Leon Trótski foi brutalmente assassinado por um agente stalinista. Este crime, no entanto, não representa um capítulo final: a luta revolucionária sempre abre novos parágrafos na história.
O que está em questão é o necessário olhar dialético, a capacidade crítica de perceber numa imagem as contradições de uma época e como suas energias políticas atuam sobre outras épocas.
As relações do surrealismo com a Revolução Permanente
A evidência de que Karl Marx foi um dos maiores escritores do século XIX, leva-nos a considerar a dimensão estética do materialismo histórico menos a partir dos esparsos comentários do autor sobre arte e literatura, e mais de acordo com a maneira como ele expressa o seu pensamento. Existem (...)
Cruzamentos entre a literatura de Malraux e Trotski sobre a história da Revolução chinesa.
“Se, para o desenvolvimento das forças produtivas materiais, cabe à revolução erigir um regime socialista de plano centralizado, para a criação intelectual ela deve, já desde o começo, estabelecer e assegurar um regime anarquista de liberdade (...)
De Carcará do Show de Opinião à Käthe Kollwitz, Mário Pedrosa defende uma arte que sirva como arma social do proletariado. Aqui buscamos traçar paralelos entre essas discussões sobre arte e cultura a partir de uma perspectiva revolucionária, parte da herança do trotskismo no (...)
Uma boa parte do proletariado que sangra diariamente e desconhece a cor vermelha da sua bandeira histórica, possui uma lembrança reprimida: a palavra “revolução” não o larga, como uma espécie de eco que se comunica com ele através de muitas vozes do passado. Este eco adquire contornos mais precisos (...)
Esse texto faz parte da série Experimentos Surrealistas de Afonso Machado.
Um conto inspirado nos problemas da realidade brasileira.
Conto sobre alguns dos problemas da realidade brasileira.
Um conto por Afonso Machado
Encarar de frente os obstáculos ideológicos para a organização e difusão da tradição cultural revolucionária, é um importante passo. Se faz necessário observar novamente o atual cenário da alienação, já mencionado na primeira parte deste (...)
No complexo fluxo de imagens, sons e palavras que transitam ora verticalmente ora horizontalmente, a transmissão do conhecimento acumulado é um problema crucial do nosso tempo. Uma questão da maior gravidade na medida em que a consciência de classe dos trabalhadores está indubitavelmente ligada a (...)
Este texto é um experimento histórico-literário que propõe uma reflexão crítica.
Nota do autor: este é mais um Conto que aborda alguns dos problemas enfrentados pelos trabalhadores brasileiros do nosso tempo.
Leia novo texto literário escrito por Afonso Machado
"As estrelas do céu retiravam seus vestidos prateados. Nuas, desapareceram diante do olhar castrador do sol."