sexta-feira 18 de março de 2022 | Edição do dia
As auto-homenagens aconteceram no Ministério da Justiça. Bolsonaro e alguns ministros foram se agraciaram com uma homenagem de mérito indigenista.
Você pode ler mais sobre a medalha neste texto: “Genocida Bolsonaro recebe de ministério da Justiça medalha do mérito indigenista”.
"Nós queremos ao nosso lado, que vocês façam com suas terras exatamente o que fazemos na nossa". Na nojenta declaração fica claro o que Bolsonaro espera dos projetos como o PL 191, a devastação das terras indígenas para aumentar os lucros capitalistas, afinal é exatamente isso que acontece no restante dos mega latifúndios e áreas de mineração, causando desastres como o Petrópolis recentemente ou de Brumadinho anteriormente.
A homenagem acontece no momento em que o Governo Bolsonaro e Mourão, com apoio do congresso e STF, usam a reacionária guerra na Ucrânia como pretexto para pressionar a aprovação de projeto de lei que libera a mineração em terras indígenas. A poucos dias foi aprovado a urgência do projeto na Câmara dos Deputados Federal, a proposta parte da bancada do agronegócio.
Contra o projeto foi organizado um “ato” convocado por Caetano Veloso e outros artistas em frente ao Congresso Nacional. Você pode ler mais sobre o ato que juntou mais de 10 mil pessoas neste texto: "Ato contra o “pacote da destruição ambiental” ocorre em Brasília com grande expressão".
As declarações de Bolsonaro escancaram o quanto a Igreja está incrustada dentro do Estado, negando em nome dos capitalistas os direitos básicos dos povos oprimidos, que há séculos são atacados por essa mesma instituição nefasta.
Seu discurso é uma afronta aos indígenas de todo país, que amargam os custos dos avanços das políticas de devastação ambiental e das terras indígenas, avançando contra as demarcações, expulsando moradores e incendiando em níveis recordes o meio ambiente, tudo isso em nome dos grandes poderosos do agronegócio e da mineração.