×

Eleições RN | Aliado de Bolsonaro, Rogério Marinho (PL) se elege para Senador no RN

Marina EstrelaEstudante de Letras da UFRN e militante da Faísca Revolucionária

segunda-feira 3 de outubro de 2022 | Edição do dia

Rogério Marinho (PL) se elegeu para o Senado do Rio Grande do Norte (RN) com 41% dos votos. O reacionário candidato vai compor o Senado brasileiro junto de diversos outros líderes bolsonaristas como Tereza Cristina (PP), Damares Alves (REPUBLI), Mourão (REPUBLI), Moro (UNIÃO), Romario (PL) e Marcos Pontes (PL). Todos esses representantes de uma extrema-direita atrasada e inimiga da classe trabalhadora, liderada, hoje, no Brasil, por Jair Bolsonaro, responsável pela reforma trabalhista e da previdência que obriga os trabalhadores a pagarem pela crise instaurada pela própria burguesia nacional.

Marinho foi relator da Reforma Trabalhista, que precariza o trabalho a dimensões sem precedentes, responsável por descarregar a crise nas costas da classe trabalhadora, com taxas de informalidade recordes no último mês. Além disso, defendeu Escola sem partido, proposta de censura misógina e homofóbica que proibia a suposta ideologia de gênero, na prática, proibia o debate político, de gênero e de sexualidade nas escolas. Foi citado em escândalos de corrupção da Odebrecht, esteve junto do Bolsonaro e se escorou em sua política nacional pra prática clientelista e demagógica a nível regional, incluindo medidas de destruição ambiental.

A verdadeira luta contra a extrema-direita bolsonarista deve ser feita no terreno da luta de classes. Apenas a força da classe trabalhadora organizada é capaz de vencer a crise, enfrentando os lucros e as oligarquias capitalistas. O próprio resultado do 1º turno no dia de hoje expressa o quanto o caminho da conciliação só favorece a direita. Por isso, a luta pela revogação imediata de todas as reformas e ataques deve, desde o RN, seguir um caminho de independência de classe sem aliança com a direita e os patrões. Neste sentido, não confiamos na governadora reeleita Fátima Bezerra (PT), aliada da oligarquia dos Alves e cujo vice, Walter Alves, votou a favor do golpe de 2016 e da PEC do teto de gastos. Fátima aprovou a Reforma da Previdência em plena pandemia, atrasou salário dos servidores municipais efetivos e do pagamento de empresas terceirizadas. Mais um exemplo da política burguesa que obriga a classe trabalhadora a pagar pela crise.

O RN foi palco de greves por salários esse ano de trabalhadores da educação, da saúde e do DETRAN, com a exigência da realização de concurso público, além de ser vanguarda nas manifestações de massa em junho de 2013 iniciadas contra o aumento das passagens, mas sistematicamente desviadas pelas burocracias sindicais. Esse é o caminho que tem que ser retomado, o da luta de classes, pois só assim vai ser possível derrotar o Bolsonaro, sua extrema direita asquerosa e os militares. Nos inspiremos nos trabalhadores do neumático na Argentina que através da auto-organização arrancaram das patronais o reajuste de seus salários depois de 5 meses de greve, demonstrando a força da classe trabalhadora que segue viva e que só se fortalece na união de cada local de trabalho e estudo, não com as oligarquias e a direita que só serve para manter os ataques e orquestrar novos.

Veja também: Fátima Bezerra (PT) ganha reeleição com oligarquia dos Alves no RN




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias