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Monark | Aliança entre estudantes e trabalhadores para jogar os nazistas na lata de lixo da história

Nos “trending topics” de ontem, 08, esteve a absurda apologia ao nazismo de Monark, apresentador (agora, ex-apresentador) do Flow Podcast. Em seu programa defendeu a “liberdade de expressão” aos nazistas, a legalização de partidos nazistas e o direito de ser “anti-judeu”. Esse vômito de ódio, apoiado por Kim Kataguiri que estava presente no episódio, é a expressão grotesca do momento reacionário que vivemos no país onde falas como essa encontram apoio na base de extrema-direita com ideais fascistas fomentada pelo governo Bolsonaro-Mourão, e trazem à tona o debate: qual o caminho para destruir o nazismo e a extrema direita? O único caminho possível é a luta de classes, através da aliança dos trabalhadores com a juventude e mais oprimidos.

Luiza EineckEstudante de Serviço Social na UnB

quarta-feira 9 de fevereiro de 2022 | Edição do dia

A desprezível apologia ao nazismo de Bruno Aiub (Monark) no último programa do Flow Podcast, que contava com convidados - nada ilustres - os deputados federais, Kim Kataguiri (Podemos) e Tábata Amaral (PSB), teve grande repercussão nas mídias sociais, estando entre os assuntos mais falados. Monark defendeu a “liberdade de expressão” aos nazistas, a legalização da existência de partidos nazistas e o direito de ser “anti-judeu”.

Ou seja, defendeu que uma ideologia racista, higienista, xenófoba, baseada na existência de uma “raça superior”, a ariana, e no extermínio físico de povos, não fosse criminalizada. Uma ideologia que promoveu um dos maiores genocídos da história da humanidade, o holocausto, que assassinou mais de 6 milhões de judeus, sem contar com as perseguições e torturas e os milhões de assassinatos de imigrantes, negros, etc.

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O nazismo tem suas mãos sujas de sangue do povo judeu, do povo negro, trabalhador e mais oprimido. A ideologia fascista que surgiu no século passado é produto da decadência histórica do capitalismo e da incapacidade da burguesia de conseguir conter o ascenso e revolta das massas proletárias contra a miséria que nos é imposta diariamente.

Hoje, o ascenso de grupos de extrema-direita e de manifestações de apologia ao fascismo ganham lugar e contornos ainda maiores em países que têm governos repudiáveis como o de Bolsonaro, que venera Hitler com elogios como “admirável” e “um grande estrategista”, e que defendem abertamente uma política que se coloca abertamente contra a vida dos LGBTQIA+, dos indígenas e quilombolas, dos negros, das mulheres e do conjunto dos trabalhadores e oprimidos. Servindo os interesses da burguesia escravocrata nacional e de seu Estado submetidos a face mais predatória do imperialismo.

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O conteúdo liberalóide sempre esteve presente no Flow Podcast, não à toa contava com convidados de honra neoliberais, como foi o caso desse episódio com Tábata Amaral do PSB, que apesar de ter e colocado contra o que Monark disse, apoia um projeto econômico baseado na precarização e ataque sistemático à classe trabalhadora, inclusive ela votou a favor da reforma da previdência que vai nos fazer trabalhar até morrer enchendo o bolso dos capitalistas enquanto passamos fome. E, Kim Kataguiri do Podemos, cria do MBL e entusiasta do golpe institucional de 2016, que concordou com Monark e ainda afirmou ser contra a criminalização do partido nazista alemão. Um podcast que na realidade é um verdadeiro show de reacionarismo. Não é de se surpreender que era patrocinado por inúmeras empresas e marcas que lucram em cima do suor dos trabalhadores submetidos ao trabalho precário e a intensas horas de exploração como o IFood, Amazon, Puma, etc. Agora, essas mesmas empresas demagogicamente retiram seus patrocínios com medo, claro, de manchar sua imagem e afetar seus lucros.

O combate ao fascismo, nazismo, à extrema direita não vai vir de nenhuma fatia da burguesia, bem como de suas instituições do Estado, que tentam se alçar como democráticas frente a casos como esse como é o STF, ou o Congresso, e muito menos de empresas e da grande mídia que se pintam de progressistas e defensoras dos oprimidos, mas exalam racismo e machismo, apoio à direita neoliberal, ao golpe institucional de 2016, e aos ataques à classe trabalhadora como são as reformas, e até a ditadura militar… Né, Globo e Folha de São Paulo?

A juventude que nunca tolerou nenhum tipo de manifestação de ódio e repressão e que hoje é sistematicamente atacada por esse governo, tendo seu direito de estudar arrancado, sendo jogada em trabalhos cada vez mais precários, tem de retomar a potência histórica da aliança operária-estudantil junto dos mais oprimidos para jogar o nazismo, os vermes fascistas e imperialistas, e todas suas variantes para o lugar deles: a lata de lixo da história.

E o único caminho para isso é através da luta de classes. Da organização e mobilização em cada local de trabalho e estudo, retomando nossos sindicatos e entidades estudantis em nossas mãos. Importante debatermos isso, ainda mais frente a um ano eleitoral no Brasil, e que esse caso expressa que derrotar o bolsonarismo nas urnas, não será capaz de derrotar a ideologia de extrema-direita. Isso só será possível nas ruas.

É, nesse sentido, que nós da Faísca viemos desde o ano passado fazendo debates de qual juventude precisamos para as tarefas históricas que estão colocadas para nós em meio a crise capitalista que vivemos, a ascensão de grupos de extrema-direita e governos reacionários. Por isso, estamos debatendo, e convidamos todos os jovens a debaterem conosco, a necessidade de construir uma juventude revolucionária e comunista, que busque recuperar o fio de continuidade do marxismo revolucionário, o trotskismo, e batalhar por um programa político consequente ao lado da classe trabalhadora, a única classe capaz de revolucionar a sociedade e que faz os fascistas tremerem de medo historicamente. Um programa, que hoje passa por defender a revogação integral da reforma trabalhista e de todas as reformas, por exemplo. Mas isso só pode ser conquistado através da nossa mobilização, viemos fazendo um chamado à esquerda para construir essa campanha conosco, e reforçamos aqui.

Uma juventude que aponte os limites da estratégia reformista que visa administrar o capitalismo e sua podridão em nome da conciliação de classes, como quer Lula e o PT, assim como desmascare o stalinismo, legado reivindicado por organizações como o PCB e a UP, que nada mais é do que a degeneração do comunismo e uma profunda mancha na história da luta da classe trabalhadora, vemos isso na fala Kataguiri e Monark ao igualar comunismo e nazismo, o que não passa de uma falácia burguesa.

Leia mais: Trotsky e uma política para derrotar o fascismo




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