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Pernambuco | Após resultado eleitoral, PE registra bloqueios bolsonaristas. Combater a extrema direita sem aliança com a direita

Após o resultado eleitoral do dia 30 de outubro o bolsonarismo mobilizou sua tropa reacionário e junto a patronal de transporte em um lockout nacional para contestar o resultado eleitoral, pedindo por uma intervenção federal e militar, com bloqueios de rodovias e manifestações em frente a quartéis militares.

quinta-feira 3 de novembro de 2022 | Edição do dia

Imediatamente após o resultado eleitoral do dia 30 de outubro o bolsonarismo mobilizou sua tropa reacionário e junto a patronal de transporte em um lockout nacional para contestar o resultado eleitoral, pedindo por uma intervenção federal e militar, com bloqueios de rodovias e manifestações em frente a quartéis militares.

Em Pernambuco, um dos estados que mostrou nas urnas um dos maiores rechaços a Bolsonaro, a extrema direita também mostrou seus dentes. os bloqueios começaram na segunda (31) e seguiram até quarta (02). Os bloqueios se concentraram nas rodovias que acessam Caruaru e Jaboatão, duas regiões onde o bolsnarismo tem expressão relativamente maior no estado.

Jabotão tem como prefeito o reacionário bolsonarista Luiz Medeiros (PSC), sucessor de Anderson Ferreira, ex-candidato a governador de Pernambuco apoiado por Bolsonaro. Já Caruaru foi de onde saiu a atual governadora de Pernambuco Raquel Lyra (PSDB), que embora se fez passar por neutra na disputa presidencial, por baixo abraçou o apoio do bolsonarismo, e se recusou a criticar a presidência de Bolsonaro. Também ocorreu bloqueio na cidade de Taquaritinga, na região do polo têxtil do Agreste, uma das poucas cidades onde Bolsonaro foi mais votado que Lula.

Na quarta (02), também houve um ato bolsonarista em frente a um quartel militar de Pernambuco, pedindo por intervenção militar, mas que não reuniu mais pessoas do que o fracassado ato em Boa Viagem de Bolsonaro durante as eleições.

Mesmo com o amplo rechaço de Bolsonaro nas urnas pernambucanas, a extrema direita bolsonarista vem ganhando posições importantes nas câmaras de deputado e senadores, com os candidatos mais bem votados nesta eleição.

O ódio pernambucano contra Bolsonaro deve ser base para fortalecer a luta e dar exemplos no combate contra a extrema direita que ousa tomar as ruas com suas pautas golpistas. Os vários exemplos de trabalhadores espontaneamente se mobilizando para desfazer os bloqueios se enfrentando com os bolsonaristas mostram o caminho.

É preciso que as centrais sindicais de esquerda, como a CUT, os movimentos sociais e populares, junto aos partidos de esquerda, mobilizem os trabalhadores e os setores oprimidos e explorados que amargaram profundamente durante todo o governo de Bolsonaro, para enfrentar nas ruas, com os métodos da classe trabalhadora, com independência política, sem conciliação com a direita e nenhuma confiança nas justiça burguesa que já provou totalmente conivente com as ações bolsonaristas.




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