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Política nacional | Após tentativa de ação golpista, novo ministério da justiça quer estabilidade para a posse dia 1°

Em recente entrevista para GloboNews, o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, diz que "já nas primeiras horas do dia 1° vamos tomar providências para que não ocorra essa situação de instabilidade".

terça-feira 27 de dezembro de 2022 | Edição do dia

As declarações de Dino ocorrem no contexto da preocupação do novo governo com a posse do dia 1°, após a tentativa de ação golpista do empresário Bolsonarista no ultimo dia 24/12, visando o Aeroporto Internacional de Brasília. George Washington de Oliveira Sousa, em depoimento para a polícia Federal, confirmou o caráter político da ação e ainda disse que o seu investimento em adquirir mais de 160 mil reais em armamento teve influência direta das palavras do presidente Bolsonaro, desde sua posse em 2018.

Diante disso, Dino considera que George não seja um "lobo solitario", ou seja, que não se trata de uma ação individual. O novo ministro declarou: "Há gente poderosa financiando isso e a polícia irá apurar passo a passo quem forneceu essas armas, onde ele obteve esses explosivos, porque isso não é uma ação individual".

A principal preocupação que assola o novo governo se dá em torno da posse do presidente Lula no próximo dia 1° em Brasília. Apesar de declarar que seja urgente acabar com os acampamentos bolsonaristas, Dino diz aguardar as Forças Armadas: "...esperamos providências nesta semana".

O pronunciamento de Flávio Dino reflete como a estratégia do novo governo de frente ampla responde com ilusões institucionais o movimento de extrema direita bolsonarista. Deposita em instituições como o STF e a Polícia Federal a confiança em deter as ameaças e golpistas. Enquanto, na realidade, o que foi visto no ultimo dia 24/12 é que a ação do empresário não triunfou apenas por uma falha de equipamento. Os acampamentos se mantém. E a cada dia se comprova que o caminho institucional, escolhido para aprovar reformas e atacar os trabalhadores, só fortalece esses movimentos orquestrados pelas forças da extrema direita no país.

Enquanto isso, as principais centrais sindicais, influenciadas e controladas diretamente pelo novo Governo, seguem passivas. Sua atividade central gira em torno de organizar caravanas para Brasília para os eventos festivos que estão sendo planejados para o dia. Uma estratégia totalmente insuficiente para responder a altura essas ameaças golpistas do bolsonarismo, cujo principal objetivo atual é manter coesa sua base social para uma atuação institucional liderada por Bolsonaro.

É mais do que urgente a necessidade de um plano de luta, que organize os trabalhadores em seus locais de trabalho, contra os ataques que já estão sendo promovidos pela transição do novo governo. Somente através da luta e mobilização independente dos trabalhadores, em aliança com os setores mais oprimidos, é possível responder a altura às manifestações e ações golpista.

Foto: Marcos Corrêa/ PR
Fontes: Folha de São Paulo e Globo News




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