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Rio Grande do Norte | Ato da enfermagem em Natal-RN pelo piso salarial conta com milhares nas ruas. Todo apoio!

Na tarde desta última terça-feira (14), trabalhadoras e trabalhadores da enfermagem de Natal (RN), como enfermeiros, técnicos e auxiliares realizaram um ato na Avenida Salgado Filho, partindo do Midway Mall e indo até a Árvore de Mirassol. 2000 trabalhadores tomaram as ruas de Natal, como parte da Paralisação Nacional da Enfermagem pelo piso salarial, atacado pelo STF.

quarta-feira 15 de fevereiro de 2023 | Edição do dia

Nesta terça-feira, 14, trabalhadoras e trabalhadores da enfermagem do RN realizaram uma manifestação de milhares, como parte da adesão à paralisação nacional em defesa do piso salarial.

Um forte exemplo de disposição de luta das trabalhadoras para defender seu direito à valorização salarial, que já somam vários anos de reivindicação. No ano passado, conseguiram impor a aprovação da lei que garantia seu piso salarial, contra a vontade de Bolsonaro e do Centrão. Mas se depararam com uma medida autoritária do STF que suspendeu essa lei a partir da decisão do ministro Luis Roberto Barroso.

A lei aprovada e sancionada em agosto do ano passado foi suspensa pelo ministro Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal em setembro de 2022. A lei fixava em R$ 4.750 o piso nacional de enfermeiros dos setores público e privado - valor que serve de referência para o cálculo do mínimo salarial de técnicos de enfermagem (70%), auxiliares de enfermagem (50%) e parteiras (50%). Assim, técnicos de enfermagem deveriam receber R$ 3.325, auxiliares de enfermagem R$ 2.375, e parteiras R$ 2.375.

O RN tem cerca de 46 mil profissionais de enfermagem, considerando enfermeiros, técnicos e auxiliares. Somente enfermeiros, são 16 mil. Há um indicativo de greve para o dia 10 de março, caso uma solução não seja apresentada.

O ato contou com cerca de 2 mil trabalhadoras e trabalhadores, mostrando uma forte disposição de luta da categoria, que esteve na linha de frente do combate à COVID-19, sendo responsáveis por salvarem milhares de vidas ao mesmo tempo que foi a categoria que mais morreu durante a pandemia. Isso escancara o descaso dos governos, como do prefeito bolsonarista de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), que além de nos fazer passar ódio nos transportes, deixou a maternidade Araken pegar fogo mais uma vez. E também da governadora potiguar Fátima Bezerra (PT) com a situação da saúde no Rio Grande do Norte, ao mesmo tempo que garantiam subsídios e isenções aos empresários e aprovava a Reforma da Previdência à nível estadual.

Ao mesmo tempo, ocorre a greve dos trabalhadores terceirizados da SAFE, que presta serviços para os hospitais estaduais do RN, como o Walfredo Gurgel, João Machado e outros. Os terceirizados e terceirizadas da higienização e maqueiros estão com os salários atrasados, sem receber o vale alimentação e o vale transporte, bem como há relatos de atraso do FGTS, do décimo terceiro, da multa de atraso do décimo terceiro e de salários atrasados anteriores. É preciso batalhar lado a lado desses trabalhadores pelo pagamento imediato dos salários e todos os direitos atrasados, de forma unificada a luta pelo pagamento do piso nacional da enfermagem. E garantir que esses trabalhadores tenham os mesmos direitos de qualquer trabalhador da saúde, exigindo a efetivação dos terceirizados sem necessidade de concurso público ou processo seletivo.

É incrível o peso das mulheres nas lutas da saúde, o que só comprova que o 8 de Março, Dia Internacional de Luta das Mulheres, tem que ser classista e pela base, que lute pela legalização do aborto e revogação das reformas, sem anistia para golpistas e nenhuma confiança nas instituições do Estado! Não podemos ter ilusões no governo Lula-Alckmin, que já demonstrou que não vai legalizar o aborto, garantindo os interesses dos setores conservadores, ao mesmo tempo que mantém José Múcio no ministério da Justiça e Daniela do Waguinho no ministério do turismo, ligada às milícias assassinas do RJ responsáveis pela morte de Marielle Franco.

As centrais sindicais, como a CUT e a CTB, dirigidas pelo PT e pelo PCdoB devem organizar a luta pela base, bem como deve ser feita pela UNE, os demais DCE’s e CA’s de todo o Brasil, sem confiança nas instituições e na conciliação de classes. Por isso o Esquerda Diário está à disposição dessas lutas e greves, buscando contribuir na unidade dos trabalhadores e da população, contra os ataques dos governos, sem confiança em saídas institucionais e sim na força da nossa luta!

Não será por dentro do sistema capitalista que vamos conquistar nossos direitos, mas apenas batalhando por uma perspectiva anticapitalista e revolucionária que vamos conquistar nossos direitos, rumo a uma sociedade socialista, onde poderemos avançar para uma sociedade sem exploração e opressão na perspectiva de construção do comunismo a nível internacional. Todo apoio à luta das trabalhadoras e trabalhadores da saúde, e vamos rumo ao 8 de março!




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