A primeira aparição de Bolsonaro em Recife depois do 1° turno foi um grande fiasco, mostrando o grande rechaço que ele tem no estado onde ele ficou com menos de 30% dos votos válidos.
domingo 16 de outubro de 2022 | 13:51
Nesta quinta, 13 de outubro, o reacionário e odioso Bolsonaro realizou uma manifestação de comício em Boa Viagem, no Recife. O evento foi tão esvaziado que mal preencheu uma quadra da avenida à beira da orla. Nas redes sociais circulam imagens do rosto abatido de Bolsonaro diante das poucas centenas de pessoas.
Em meio a campanha do segundo turno das eleições, o eleitorado Pernambucano já havia mostrado seu repúdio ao seu governo de extrema direita, responsável por milhões em situação de extrema pobreza, fome e desemprego.
O fracasso do evento pode ser uma sinalização importante de que o eleitorado de Pernambuco seguirá sendo um entrave para sua reeleição. Mais do que isso, pode ser a sinalização dos limites que suas demagogias de auxílios e políticas públicas em uma das regiões com piores índices socioeconômicos do Brasil.
É sempre bom poder comemorar a desmobilização da extrema direita, porém nos iludir com olhando para este evento isolado seria um erro, após grandes manifestações e motociatas pelo estado, que mostraram o alcance social do bolsonarismo. Tão pouco esqueçamos que as figuras execráveis que se elegeram apoiando Bolsonaro estão entre os mais votados para deputado estadual.
Também não podemos nos iludir acreditando que a extrema direita pode ser derrotada nas urnas, mesmo que vença as eleições. Ao contrário, já mostrou ser uma força social e política consolidada no novo regime pós golpe. Tão pouco a chapa Lula-Alckmin, que já se comprometeu a não revogar as reformas e vem se colocando contra o aborto, em uma capanha que fortalece o conservadorismo fundamentalista religoso e a influência das cúpulas evangélicas tão pouco servirá para derrotar a extrema direita.
Somente a luta nas ruas, através da nossa auto organização, é capaz de enfrentar e derrotar o bolsonarismo. A luta contra os cortes da educação que atingem diretamente as universidades federais de Pernambuco precisam ser a ponta de lança para unir a juventude e a classe trabalhadora pela revogação da reforma da previdência e trabalhista, e derrota a extrema direita com métodos da luta de classes.
