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Acampamento Marielle Vive | Ato reúne centenas de pessoas contra o ataque ao acampamento Marielle Vive

Na última semana, em menos de 24 horas o acampamento Marielle Vive, sofreu dois ataques a tiros. O acampamento que abriga 450 famílias está sendo ameaçado constantemente de despejo pelo TJ-SP e agora ainda sofre com a violência e ataques de setores incentivados pela extrema direita contra os movimentos sociais, o mesmo setor que em 2018 tirou a vida de Mestre Moa em meio as eleições de Bolsonaro.

sábado 16 de abril de 2022 | Edição do dia

Os ataques sofridos pelo acampamento não são novidade. Em julho de 2019 o acampamento sofreu um ataque que resultou na morte do senhor Luís Ferreira, que protestava por direito à água no acampamento e foi assassinado atropelado pelo motorista Léo Ribeiro, que assumiu o ataque.

O Tribunal de Justiça de São Paulo tenta constantemente despejar as 450 famílias que ali moram e não tem nenhum outro lugar para viver, no país que cada vez mais pessoas sofrem sem moradia e sem ter o que comer fruto da política de Bolsonaro e da crise econômica, que corrói os salários das famílias mais pobres e precariza o trabalho.

Esses ataques incentivados pela extrema direita são uma marca enfrentada pelos movimentos sociais que lutam por moradia como vimos com o massacre do Eldorado dos Carajás no sul do Pará pelas mãos da Polícia Militar. E vimos também com a brutal desocupação de Pinheirinho em São José dos Campos a mando de Alckmin.

Flávia Telles, professora da rede pública, presente no ato declarou:

“Rechaçamos o ataque a tiros ao acampamento Marielle Vive. Em 2018 levaram Luís Ferreira que lutava por água. Incentivados pela extrema direita bolsonarista tentam intimidar os movimentos sociais que lutam por moradia. Em um país marcado pelo latifúndio é fundamental lutarmos por uma reforma agrária radical, contra o agronegócio que está interessado apenas em seu próprio lucro, como vemos com a alta dos alimentos que afetam classe trabalhadora. Os capitalistas querem descarregar a crise nas nossas costas. Matam, desocupam e roubam a favor de seus lucros. Por isso estamos aqui defendendo o acampamento Marielle Vive e chamamos o conjunto dos sindicatos e organizações de esquerda a rechaçarem qualquer ataque ao acampamento.”

Nós do Esquerda Diário e do MRT, junto com professores da rede pública, e estudantes da juventude Faísca Revolucionária que são parte do Centro Acadêmico de Ciências Humanas (CACH-Unicamp) fomos ao ato prestar todo apoio contra os ataques incentivados pela extrema direita e contra o despejo que tenta incessantemente o judiciário golpista




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