Três mulheres que ocupavam a maternidade em Venda Nova (MG) foram hostilizadas e impedidas de deixar o prédio por um encarregado da empresa contratada pela prefeitura de Kalil. A maternidade, com capacidade para realizar mais de 500 partos humanizados, foi construída em 2008 e nunca chegou a funcionar.
Mafê MacêdoPsicóloga e mestranda em Psicologia Social na UFMG
quinta-feira 25 de fevereiro de 2021 | Edição do dia
Foto: Reprodução/ TV Globo
Nessa segunda-feira (23), três mulheres que ocupavam a maternidade Leonina Leonor, em Venda Nova (MG), foram agredidas verbalmente e impedidas de deixar o prédio da maternidade, que está sendo destruída pela prefeitura de Alexandre Kalil (PSB).
A agressão ocorreu quando o encarregado de obras da empresa contratada pela prefeitura lacrou o portão de acesso a maternidade, trancando as três mulheres lá dentro.
Como parte da mesma luta, as mulheres que ocupavam a maternidade nessa segunda o faziam com o intuito de impedir a continuidade de sua destruição pela prefeitura de Belo Horizonte e preservar o patrimônio público em que ela se encontra.
O prédio destinado a maternidade Leonina Leonor, que teria capacidade para realizar mais de 500 partos humanizados, foi construído em 2008, mas nunca chegou a funcionar.
Toda solidariedade ao Movimento Nasce Leonina! É desde a perspectiva de um feminismo socialista que lutamos contra o descaso dos setores da política tradicional, como Kalil, com a vida das mulheres.
É neste cenário que precisamos batalhar por um Sistema Único de Saúde verdadeiramente universal e que seja controlado pelos trabalhadores. É preciso pegar de volta das mãos dos capitalistas tudo aquilo que nos roubaram e colocar a serviço das vidas, e a única classe capaz de fazer isso é a das trabalhadoras e trabalhadores.