×

Governo dos ricos | Bolsonaro coloca mais 10 milhões de pessoas na miséria

No total são 49 milhões de brasileiros (23% da população) que não tem renda suficiente para comer. Em dezembro de 2018, com o golpista Temer, já eram 39 milhões de brasileiros nessa condição. A classificação considera extrema pobreza pessoas que vivem em famílias com renda por pessoa de até R$ 105 por mês.

quarta-feira 26 de outubro de 2022 | Edição do dia

Sentimos nos últimos anos um enorme peso, a inflação galopante somada ao aumento do desemprego, resultando diretamente na queda da renda média dos brasileiros. Segundo especialistas, nesse período, a inflação cresceu rapidamente principalmente nos preços de itens básicos como alimento e transporte. Entre janeiro de 2019 e setembro de 2021, o acumulado do IPCA, medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), chegou a 24,8%.

Nosso dinheiro vale menos, os produtos básicos estão mais caros e ainda tem menos emprego. Essa é a situação de nossa classe. Mas isso não é coincidência, é um ataque coordenado por parte dos capitalistas, da direita, dos patrões e banqueiros, esses, querem que paguemos por sua crise. Interessante que os dados mostram que o aumento da miséria é maior em estados ricos, ou seja, não se importam com a vida da população e apenas, com a manutenção dos lucros.

Outro recorte dos dados que chama atenção é o seguinte: a extrema-pobreza tem raça e sexo! Trata-se das mulheres negras, essas são 60% das que encontram-se em extrema-pobreza. Muitas mães solos, criando seus filhos com restos de alimentos encontrados em caminhões de lixo ou filas de osso. Nossa luta contra a exploração desse sistema racista será sempre intransigente.

Baseado nos dados do próprio governo, através do Ministério da Cidadania, o Uol divulgou um "raio-x da extrema pobreza no Brasil":

Por região:
Nordeste - 23.252.845 (40,3% da população)
Norte - 6.650.230 (35,1% da população)
Sudeste - 13.908.435 (15,5% da população)
Centro-Oeste - 2.304.644 (13,8% da população)
Sul - 2.940.610 (9,6% da população)

Por sexo:
Masculino - 21.039.738
Feminino - 28.017.026

Por moradia:
Urbana - 35.923.623
Rural - 12.959.703
Sem Resposta - 173.438

Por cor/raça:
Parda - 33.164.405
Preta - 3.478.672
Branca - 11.578.018
Indígena - 566.031
Amarela - 262.780

Por idade:
Entre 0 a 17 - 20.156.321
Entre 18 a 24 - 6.292.252
Entre 25 a 34 - 7.229.809
Entre 35 a 44 - 6.581.823 Entre 45 a 54 - 4.982.784
Entre 55 64 - 3.158.317
Maior que 65 - 655.458

Não existe meio caminho, devemos travar um combate frontal para impor nossas necessidades, e que a crise paguem os capitalistas. Vemos nesse final de ano mais ameaças contra nosso pouco sustento: o governo Bolsonaro junto com a Câmara preparam-se para passar a reforma administrativa, bem como implementar um arrocho salarial gigantesco no salário mínimo. São medidas absurdas, que mostram quando falam em liberdade, significa liberdade para os empresários lucrarem ainda mais em cima da retirada de direitos dos trabalhadores.

Essa é a miséria que o capitalismo produz. Enquanto bilionários e milionários enriquecem, a população amarga na fome e miséria somadas ao desemprego, e à precarização do trabalho. Isso coloca mais a necessidade lutar por um programa operário independente para que sejam os capitalistas que paguem pela crise.

Para enfrentar a fome é preciso não somente batalhar pelo congelamento imediato dos preços dos alimentos, mas a expropriação sob controle operário das fábricas e multinacionais da alimentação combinando isso com a luta por uma reforma agrária radical para enfrentar o agronegócio. E também, a luta pelo reajuste salarial de acordo com a inflação e por emprego por direito para todos.

“Não podemos aceitar que essa situação sigam sem resposta. O bolsonarismo e seus ataques vão seguir mesmo com Bolsonaro sendo derrotado nas eleições, elegendo sua base reacionária no Congresso, que vai se apoiar na sua base social de extrema-direita para impor essas medidas. É necessário que as centrais sindicais CUT e CTB, dirigidas pelo PT e PCdoB, organizem a luta contra esses ataques! E para isso, devem romper a sua paralisia a serviço dos acordos da chapa Lula-Alckmin com a direita e os grandes empresários, que passam pela garantia que um futuro governo seu não vai revogar as reformas aprovadas por Temer e Bolsonaro. Basta de confiar na conciliação com a direita ao invés da luta dos trabalhadores organizada para combater a extrema-direita!

Lutar contra o arrocho salarial e a precarização do trabalho, significa organizar nossa classe para exigir a revogação da reforma trabalhista, da previdência. E em resposta, impor a redução de jornada sem redução de salário, para gerar emprego e renda para a população, para lutar pela distribuição das horas de trabalho entre empregados e desempregados, atacando os lucros capitalistas”.

Leia mais no texto: CUT e CTB: organizem a luta contra o arrocho salarial de Bolsonaro e pela revogação das reformas




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias