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Golpismo | Bolsonaro defende empresários golpistas, escória do país

No dia de hoje, Bolsonaro discursou durante 40 minutos para uma plateia de empresários e executivos na Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Sua ida à entidade se deu no ato da inauguração de um auditório. No discurso, houve defesa dos reacionários Daniel Silveira e dos empresários que querem um golpe, caso Lula seja eleito.

sexta-feira 26 de agosto de 2022 | Edição do dia

No discurso recheado de absurdos, Bolsonaro fez questão de se posicionar mais uma vez contrário às medidas da Polícia Federal que tem como alto oito grandes empresários bolsonaristas que, em conversas de WhatsApp, defenderam abertamente um golpe de Estado no país caso Bolsonaro perca as eleições.

Saiba mais: Por whastapp empresários bolsonaristas encorajam as bravatas golpistas da extrema direita

No discurso, Bolsonaro fez questão de acenar novamente à sua base mais reacionária, demarcando o quanto nem a Globo nem nenhum setor do regime pode ter a garantia de recuo da extrema direita. Logo após a sabatina realizada pelo Jornal Nacional na segunda-feira, Bolsonaro disse a apoiadores que o esperavam do lado de fora que as manifestações reacionárias do 7 de setembro estavam mantidas.

No discurso, Bolsonaro voltou também a criticar a prisão de Daniel Silveira, colocando que se tratava de uma perda de “liberdade”: “Falou besteira (o deputado Silveira), concordo. (...) Quando resolveram julgar o cara, deram (o STF) nove anos de cadeia, início em regime fechado. Nós estamos na Coreia do Norte ou em Cuba? Chegou no empresariado. Qual é a nossa reação a isso daí? — questionou Bolsonaro, que, na sequência, afirmou: — Estamos perdendo a nossa liberdade. O ditador tinha que ser eu, e não alguém que tem obrigação de defender a Constituição. E vocês sabem do que eu estou falando.”

Se Bolsonaro buscará, daqui até lá, manter um tom mais “controlado”, ainda será preciso seguir acompanhando para ver. O que está claro, desde há muito, é a incapacidade que a Globo, a PF, o STF ou qualquer outro ator do regime tem de fazer Bolsonaro e sua base recuar efetivamente, pois, mesmo que perca as eleições, esse reacionarismo não deixará de estar presente enquanto importante um fator social.

O grupo de empresários defendido por Bolsonaro é amplo: Luciano Hang, dono da Havan; Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu; José Isaac Peres, dono da shoppings Multiplan; José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro; Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia; e Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, dono da marca de surfwear Mormaii.

Além de serem empresários que nos últimos anos se destacaram pela postura política de defesa intransigente das medidas mais reacionárias de Bolsonaro, são também empresários que, dentro de suas empresas, implementam medidas antioperárias, além de em diversos casos terem sido foco de denúncias de superexploração, assédio trabalhista e perseguição política a funcionários dentro do próprio local de trabalho.

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