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Luta da enfermagem | Bolsonaro demagogo e STF estão juntos nos ataques à saúde: piso da enfermagem já e SUS 100% estatal

Os profissionais que estiveram na linha de frente da pandemia, estão sofrendo um ataque histórico com a suspensão de seu piso salarial. STF e Bolsonaro tratam as vidas e direitos dos trabalhadores apenas como peças em seu tabuleiro político atravessados por reacionarismo e demagogia para garantir sempre os lucros dos empresários e capitalistas. É urgente lutar pela unidade dos trabalhadores, a única, que na luta, pode combater os ataques, arrancar o piso salarial já e lutar por um SUS 100% estatal.

Luiza EineckEstudante de Serviço Social na UnB

quarta-feira 21 de setembro de 2022 | Edição do dia

Foto: Mobilização dos enfermeiros ontem, 15, no Rio de Janeiro

Viemos acompanhando nas últimas semanas o ataque do STF aos trabalhadores da enfermagem, suspendendo a lei que garantia o piso salarial da categoria. Um direito extremamente democrático que é atacado em momento onde a população amarga na fome com a inflação nas alturas e com desemprego. Esse ataque absurdo apenas reforça como o STF, que se diz "defensor da democracia”, não está nem aí para os trabalhadores. Dizem estar preocupados com os orçamentos dos municípios e estados e como isso poderia desencadear demissões na categoria etc, tentando aparecer como responsáveis, mas se de fato se importassem com o desemprego estariam discutindo uma lei contra as demissões, não que os trabalhadores da saúde ganhem menos.

Leia mais: STF mantém por maioria a suspensão do piso da enfermagem, lado a lado de Bolsonaro nos ataques

Já Bolsonaro, dançando conforme a música eleitoral, onde nos últimos acontecimentos, ainda que venha se posicionando de maneira bem reacionária, vem se mostrando mais disciplinado ao regime e às regras eleitorais tentando melhorar seu posicionamento, visto que está atrás em todas as pesquisas de intenção de voto. Como analisamos aqui. Frente aos embates de interesses entre as frações da burguesia e os atores do regime político, Bolsonaro, o demagogo, no último momento, se posicionou a favor do piso salarial da enfermagem. Claramente, é uma forma de tentar se opor aos interesses do judiciário, e conquistar uma base nos trabalhadores da enfermagem com o dia 2 se aproximando.

Logo o negacionista Bolsonaro, que é responsável por quase 700 mil mortes no país, dentre várias delas de profissionais da saúde como os enfermeiros, que estiveram na linha de frente no combate à pandemia e sofreram com as sobrecargas de trabalho, a perda de colegas de trabalho, a falta de EPIs e com a precariedade no sistema de saúde. Bolsonaro, mesmo em meio a pandemia, seguiu o projeto neoliberal de sucateamento e cortes na saúde, ao lado dos governadores e prefeitos, respeitando a política golpista do teto de gastos e o pagamento da dívida pública para garantir os lucros dos capitalistas. E, o projeto de Bolsonaro é seguir avançando ao máximo nas reformas e ataques.

E, sabemos muito bem que o STF está lado a lado de Bolsonaro quando o assunto é atacar os trabalhadores e garantir os lucros dos grandes empresários, dos monopólios e grandes planos de saúde.

Leia também o Editorial MRT: Combater o bolsonarismo e preparar a vanguarda para a luta contra as reformas e ataques

Em resposta ao ataque, em diversos lugares do país foi aprovada uma paralisação dos enfermeiros para a próxima quarta-feira, dia 21. Esse é o caminho para barrar os ataques e combater a extrema-direita. Ontem, os enfermeiros fizeram uma paralisação e uma manifestação no Rio de Janeiro, que mostrou a força dessa categoria majoritariamente feminina e negra que não aguenta mais tanto descaso. Essa é a força das mulheres trabalhadores quando se colocam em luta.

Carolina Cacau, candidata do MRT no Rio de Janeiro, no ato ontem:

É na força dos trabalhadores que confiamos. Nesse sentido, para combater a extrema-direita é necessário batalhar pela mais ampla independência de classe, diferentemente do que faz Lula e o PT, e por um programa dos trabalhadores e anticapitalista, não aceitamos continuar pagando pela crise! Portanto, exigimos o piso salarial já! Junto da proibição imediata de quaisquer demissões e a revogação imediata de todas as reformas e privatizações, a começar pela reforma trabalhista. Entendemos também que precisamos nos enfrentar diretamente com as fortunas dos capitalistas que lucram com nossas vidas e a precarização sistemática da saúde. Os únicos interessados em uma saúde pública, gratuita e de qualidade para todos, somos nós trabalhadores, nesse sentido, para responder mais profundamente toda essa situação é necessário batalhar expropriação dos empresários da saúde, assim defendendo a estatização de todo o sistema de saúde sob controle dos trabalhadores, e não dos governos capitalistas, um SUS 100% estatal! E para garantir saúde para todos, é preciso lutar pelo não pagamento da dívida pública, fraudulenta, ilegítima e ilegal, que suga todo nosso orçamento nacional e riqueza para garantir também o lucro dos capitalistas.

As centrais sindicais como a CUT (PT) e a CTB (PCdoB) devem romper com sua paralisia eleitoral para eleger Lula e o inimigo dos trabalhadores, Alckmin, que irão levar a frente um programa político para manter os ataques intactos e de administração do capitalismo, e construir um plano de lutas contra a extrema-direita bolsonarista, as reformas e os ataques, com assembleias de base em cada local de estudo e trabalho.

Todo apoio à luta dos trabalhadores da enfermagem!

Para fortalecer a luta dos trabalhadores e um programa operário, conheça as candidaturas do MRT.




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