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Gastos de campanha | Bolsonaro gasta 16,1mi em propaganda; na crise sobra para eleição e falta para a população

Após anunciar confiscos e cortes absurdos na educação, saúde e moradia, Bolsonaro mostra seu empenho nefasto para vencer o segundo turno, somando 16,1 milhões de reais investidos em publicidade entre 3 e 23 de outubro! Para derrotar Bolsonaro e sua corja da extrema direita, só a auto-organização da classe trabalhadora junto com os estudantes é o caminho!

terça-feira 25 de outubro de 2022 | 13:22

Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress

Os números de gastos de Jair Bolsonaro (PL) com anúncios nas últimas semanas são inadmissíveis, num país que amarga a vida das trabalhadoras e trabalhadores, em um cenário de crise mundial que cada vez mais é descontada nas costas do setor que tudo produz na sociedade. O aumento se deu principalmente através do Google Ads e nas plataformas da empresa, que incluem o YouTube. Foram 16,1 milhões investidos nas últimas semanas, segundo dados do GLOBO, quatro vezes mais que o valor gasto em todo o primeiro turno, que somou 4,5 milhões, sendo esse o valor gasto por ele somente na última sexta-feira (21). Do total de 16,1 milhões, 14,9 milhões foram gastos apenas na semana passada. Na última quarta-feira (19), as despesas ultrapassaram 1 milhão ao dia, mantendo desde então as cifras milionárias diariamente.

O aumento dos gastos se combina com o período após o ocorrido com o ex-deputado de extrema direita e aliado de Bolsonaro, Roberto Jefferson (PTB), quando atirou e jogou granadas em policiais federais que cumpriam o mandado de prisão emitido por Alexandre de Moraes (STF), após o ex-deputado proferir ofensas à ministra Carmen Lúcia. Bolsonaro tenta se diferenciar do seu aliado, temendo a influência negativa do acontecimento na reta final da campanha do segundo turno com o afastamento de possíveis aliados da burguesia, mas não tem como negar a herança reacionária do golpe institucional de 2016, que teve a tutela das forças armadas e do Judiciário. Tudo isso demonstra que não dá pra confiar no STF e TSE, bem como também na PF, que além de tudo estão vinculadas a Alexandre de Moraes na tutela das eleições. O tratamento dos policiais federais após o ataque do ex-deputado, registrado em vídeo, mostram a cordialidade dos oficiais, com sorrisos no rosto e falando tranquilamente sobre granadas e tiros. Tratamento completamente diferente do que foi dado a Genivaldo, homem negro que foi assassinado em uma câmara de gás improvisada em uma viatura por supostamente não usar capacete ao pilotar sua motocicleta. O retrato nítido do racismo que permeia essas instituições que defendem a burguesia, o estado e seus interesses comuns.

Leia mais aqui: Bolsonarista Roberto Jefferson atira em agentes da PF, joga granada e é preso

É por isso que é urgente a organização da luta por parte das centrais sindicais como à CUT e CTB, dirigidas pelo PT e PCdoB, respectivamente, em conjunto com a UNE que dirige os estudantes, para que o bolsonarismo e a extrema direita sejam derrotados com a força da nossa classe, sem aliança com a direita, como faz Lula junto com Alckmin e grandes setores do capital financeiro. A estratégia de financiamento burguês através de anúncios também é utilizada na campanha de Lula-Alckmin, que somou gastos de 11,7 milhões no primeiro turno e 5,8 milhões até então, no segundo turno.

Sobra dinheiro da burguesia para financiamento das campanhas, mas a preocupação dos capitalistas é a responsabilidade fiscal para encher os bolsos dos banqueiros, não se o trabalhador consegue fechar as contas em casa. O cenário demonstra o profundo descaso com os problemas reais da classe trabalhadora, que sofre com as altas taxas de inflação, na fila do osso e no aumento geral do valor das condições básicas de vida. Para os trabalhadores e povo pobre, Bolsonaro e Paulo Guedes reservam os ataques à educação, saúde e moradia, sinalizando também o arrocho do salário mínimo e aposentadoria para o capital financeiro.

Nesse sentido, é urgente a organização da luta pelas centrais sindicais pela revogação das reformas trabalhista e da previdência, contra a reforma administrativa de Lira e contra todos os ataques deferidos sistematicamente sobre os trabalhadores que pagam com sangue e suor pelos lucros dos capitalistas. Sigamos o exemplo das mobilizações dos estudantes e das enfermeiras, nas ruas, pela unificação das nossas lutas e pela construção de um plano de ação em cada local de estudo e trabalho, contra Bolsonaro e toda a asquerosa extrema direita.




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