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Capitalistas | Bolsonaro recebeu mais de R$ 1 milhão de empresários golpistas para sua campanha

Bolsonaro foi campeão de doações privadas, com mais de 50 empresas e empresários milionários financiando sua campanha, totalizando mais de R$1,04 milhões. E agora, esses burgueses asquerosos fazem o mesmo financiando os atos golpistas

sexta-feira 18 de novembro de 2022 | Edição do dia

Bolsonaro foi o campeão de doações privadas neste ano, com R$ 88,2 milhões recebidos de pessoas físicas. A direita também recebeu grandes apoios do empresariado. Parte significativa do apoio à Bolsonaro veio do agronegócio, base de sustentação do bolsonarismo.

Os dois maiores financiadores de Bolsonaro são empresários donos de transportadoras importantes, Atilio Rovaris e Ilo Pozzobon, com laços profundos com o agronegócio, e que se sustentam em base ao trabalho precário. Não à toa são eles que apoiaram os bloqueios bolsonaristas e seguem apoiando as manifestações dos minions pelo país que pedem um golpe das Forças Armadas para impedir a posse da chapa Lula-Alckmin eleita.

Precisamos ter claro que o financiamento eleitoral de empresários e capitalistas demonstram qual a função que esperam do governo e do Estado: aumento de seus lucros em contrapartida da exploração brutal da classe trabalhadora que amarga na fome, desemprego e com a inflação.

Leia mais: Prestação de contas do TSE revela o peso do financiamento da direita pelos empresários

Os limites da democracia burguesa se expressam na maneira que são conduzidos os processos eleitorais, diretamente influenciados pelo capitalismo financeiro que escolhe onde investir, e para que possam aprofundar seus ataques. A reforma da previdência, a trabalhista e os cortes na educação servem à quem?

Bolsonaro foi derrotado nas urnas, mas a extrema-direita se fortaleceu com as eleições, essa mesma extrema-direita também financiada por esses capitalistas. É por esta razão que precisamos de uma alternativa da nossa classe, independente de qualquer governo eleito e do regime, que possui instituições que tentam se mostrar como democráticas como o Congresso, o STF e o TSE com figuras como Alexandre de Moraes, que se coloca contra Bolsonaro porque hoje convém com os interesses do imperialismo, mas esteve junto para garantir os ataques à população e os interesses dos capitalistas. A chapa Lula-Alckmin possui limites bem concretos para os anseios populares, está blocada com setores da burguesia, da direita e do empresariado, e já disseram que não vão revogar as reformas.

Uma saída sem os patrões e a direita, com independência de classe, e sem confiança nas instituições do regime, é decisiva e o único caminho para acabar com a extrema-direita, o golpismo, as reformas e os ataques. Nesse sentido, as centrais sindicais como a CUT (PT) e CTB (PCdoB), junto com a UNE (PT e PCdoB), devem romper com sua paralisia e organizar a luta dos trabalhadores e mais oprimidos com assembleias em cada local de estudo e trabalhadoras para derrotar a extrema-direita com confiança apenas na força da nossa luta e mobilização e para fazer com que sejam os capitalistas que paguem pela crise.

Leia também: Editorial do MRT - Contra a extrema-direita, construir uma força dos trabalhadores independente do novo governo e do regime




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