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USP | Campanha em defesa do Hospital Universitário. Entenda porquê lutar por estes 5 pontos

Em novembro do ano passado foi aprovado pelo Conselho Diretor de Base do SINTUSP, Sindicato dos Trabalhadores da USP, uma campanha que apresenta cinco pontos em defesa do Hospital Universitário, com a coleta de assinatura para um abaixo-assinado a ser entregue à reitoria e superintendência.

quinta-feira 30 de janeiro de 2020 | Edição do dia

ENTENDA PORQUÊ LUTAR POR ESTES 5 PONTOS:

1) Manutenção da verba extra de 20 milhões no orçamento anual da USP.

A Reitoria usa o fato dessa ser uma verba suplementar da ALESP sem garantias de renovação a cada ano para justificar que as contratações sejam também por apenas 1 ano. O que está por trás disso, porém, é a lógica da reitoria se desresponsabilizar pelo financiamento do hospital, que é sim uma unidade de ensino a despeito do que diz a reitoria, e também a orientação política de acabar com os postos de trabalho efetivos impedindo novas contratações através da aprovação dos Parâmetros de Sustentabilidade Financeira (aprovado no CO, em 2017).

2) Efetivação dos trabalhadores temporários.

A contratação temporária é uma forma de precarizar os empregos na USP e dividir os trabalhadores. É necessário defender os seus empregos ao final do contrato de um ano, sendo efetivados sem necessidade de um novo concurso. O HU precisa desses trabalhadores para acabar com a sobrecarga de trabalho, atingir a capacidade total de atendimento e manter as residências dos estudantes.

3) Imediata reabertura do pronto-socorro adulto e infantil e das consultas para a comunidade USP e seus dependentes, para os trabalhadores terceirizados de toda a USP e para a população.

O HU, apesar de secundário, esteve sempre bastante ligado aos equipamentos de atenção básica à saúde porque foi idealizado para concretizar uma concepção mais social de medicina, que compreende a saúde como um produto das relações sociais e, portanto, as ações de saúde precisam considerar a realidade do paciente (as condições sanitárias, moradia, qualidade da alimentação, poluição ambiental, condições de trabalho, saúde emocional etc). A busca por estabelecer essa relação com o paciente e partir de sua realidade se expressa no princípio da regionalização (cada equipamento de saúde atende uma determinada região) e na atuação conjunta do HU com os equipamentos primários. Mesmo com a entrada de novos funcionários, não está na perspectiva da Reitoria e da Superintendência abrir os PS’s.

4) Abertura de concurso para os trabalhadores da nutrição, manutenção e SAME

Essas áreas não entraram nesse concurso e serão impactados diretamente com o aumento do atendimento. A intenção da Reitoria e da Superintendência é que essas áreas sejam terceirizadas, precarizando ainda mais as condições de trabalho e atendimento. É as custas do nosso emprego que a reitoria tem mantido o tal equilíbrio financeiro".

5) Efetivação dos médicos contratados pela FFM (Fundação Faculdade de Medicina) e fim da terceirização pelo convênio com Secretaria Estadual de Saúde.

Desde 2018, o HU fez um convênio com a Secretaria de Saúde para que esta aporte uma verba para contratações no HU, porém, essa verba da secretaria é dada à Fundação Faculdade de Medicina, que faz as contratações dos médicos de maneira terceirizada. A precariedade é tanta que os médicos que entram pela FFM não ficam por muito tempo porque o salário é baixo e tem condições ruins de trabalho no HU, sem perspectiva de carreira. É necessária a efetivação desses médicos e o fim da terceirização via FFM.

Veja também: Conselho Deliberativo do HU da USP discute mudanças no Regimento do Hospital




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