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8 de março | Campinas: No 8M venha marchar com o Pão e Rosas no bloco classista e independente do governo

Nesse 8 de Março venha marchar com as mulheres comunistas do Pão e Rosas no bloco classista e independente do governo: Pela revogação integral das reformas e direito ao aborto legal, seguro e gratuito! Façamos como as mulheres peruanas!

Pão e Rosas@Pao_e_Rosas

segunda-feira 6 de março de 2023 | Edição do dia

Mais um 8 de março se aproxima e o cenário que enfrentamos ainda é o de crise econômica capitalista. Crise essa que precariza cada vez mais a vida da classe trabalhadora, como mostra os casos estarrecedores de trabalho análogo à escravidão nas vinícolas, e que produz ataques e reformas que atingem em especial a vida das mulheres. No Brasil, o governo misógino de Bolsonaro sofreu uma derrota nas urnas e hoje estamos diante do governo da frente ampla de Lula-Alckmin que coloca novos desafios ao movimento feminista.

A cada dia nos deparamos com mais casos de violência contra as mulheres e feminicídios. Em Campinas, somente nesses primeiros meses do ano já foram registrados 3 casos brutais de feminicídio, mostrando a que realidade as mulheres estão relegadas e qual foi o legado do governo reacionário e machista de Bolsonaro para nossas vidas. Além disso, a prefeitura de Dario, do mesmo partido que o bolsonarista Tarcísio de Freitas, está colocando aos trabalhadores e a população um ajuste fiscal que precariza os serviços públicos e o trabalho dos servidores que pode ter efeitos perversos.

O sucateamento da Maternidade de Campinas, que teve sua UTI interditada por falta de trabalhadores, é um exemplo da situação de extrema precarização que é colocado para a população e aprofunda até mesmo situações como o surto de diarréia que matou 3 bebês na Maternidade. Isso sem falar da situação de enchentes que a cidade viveu, causando mortes e despejos. O Estado e a prefeitura de Dario são responsáveis!

Precisamos continuar nos enfrentando com o reacionarismo e os ataques, já que nossos direitos seguem sendo leiloados em acordos com essa extrema direita e com a direita. O compromisso do governo atual em não revogar nenhuma reforma que passou durante o governo de Bolsonaro, como a reforma trabalhista e do ensino médio, assim como em não legalizar o aborto, mostra a disposição do novo governo em rifar nossos direitos em nome da frente ampla com os setores mais conservadores e com o grande capital financeiro.

Em Campinas, a Câmara reacionária de vereadores acaba de aprovar uma Frente por escolas cívico-militares para atacar os professores e a educação e uma Frente Parlamentar Antiaborto que vai de PL à PSB, partido de Alckmin e base do atual governo, mais uma vez atacando os direitos das mulheres e mostrando que as alianças com a direita só fortalecem a burguesia e os mais conservadores.

Nós do Pão e Rosas defendemos que precisamos seguir o exemplo de luta das mulheres indígenas peruanas, que se enfrentam com a dura repressão do governo golpista de Dina Boluarte, que vem inclusive sendo sustentado por Lula. Assim como com a luta de trabalhadoras e trabalhadores franceses contra a reforma da previdência de Macron, porque nos apoiamos no caminho da mobilização das mulheres junto aos trabalhadores para barrar os ataques, impor nossas demandas e abrir caminho ao enfrentamento decisivo a esse sistema miserável que só nos tem a oferecer mais machismo e exploração capitalista.

Por isso, nós do Pão e Rosas erguemos a bandeira do feminismo socialista e defendemos que nossa luta contra a opressão às mulheres, negros e LGBTQIAP+ não pode estar separada da luta contra a exploração capitalista. Acreditamos na força das mulheres trabalhadoras na linha de frente para se enfrentar com as reformas, ataques e nos colocamos contra a estratégia institucional de confiar no Estado capitalista que rifa cada um de nossos direitos.

E por isso, exigimos que as centrais sindicais e os sindicatos organizassem um 8M em cada local de trabalho, para que a força das mulheres trabalhadoras pudesse se expressar nesse dia e ser a ponta de lança de um forte movimento de mulheres. Pelo contrário, vimos a mesma lógica burocrática da Marcha Mundial de Mulheres, dirigida pelo PT, levando a construção do 8M para que esse dia se expresse o apoio ao governo, fazendo do 8M um ato protocolar e não uma expressão da força das mulheres que pode apontar um caminho para nossa mobilização independente para lutar pela revogação das reformas e pelo aborto legal, seguro e gratuito!

Por isso, no ato do 8M nessa quarta em Campinas o Pão e Rosas, juntamente com o PSTU e CST e pela Conlutas irão compor um bloco classista e independente, pela revogação de todas as reformas, pelo direito ao aborto e em apoio à luta do povo peruano contra o governo golpista! Chamamos todas, todos e todes que compartilham com essas ideia para ser parte desse 8 de março!

Venha marchar com o Pão e Rosas e fortalecer um conteúdo anticapitalista, revolucionário e de independência de classe!




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