Nesta terça-feira, 16 de agosto, teve início oficial as campanhas eleitorais nacionais e estaduais, em todo o país. Confira o que os candidatos a deputados federais e estaduais do MRT (Movimento Revolucionário de Trabalhadores) falaram sobre esse momento.
terça-feira 16 de agosto de 2022 | Edição do dia
Nesta terça-feira, 16 de agosto, teve início oficial as campanhas eleitorais nacionais e estaduais, em todo o país. Confira o que os candidatos a deputados federais e estaduais do MRT (Movimento Revolucionário de Trabalhadores) falaram sobre esse momento.
Está dada a largada da campanha eleitoral de 2022 em todo o país. Assim, os candidatos poderão ir às ruas e utilizar as redes para chegar à população com seus materiais de campanha.
Veja o que os candidatos do MRT (Movimento Revolucionário de Trabalhadores), que estão lançando suas candidaturas pelo Polo Socialista e Revolucionário, comentaram nesse início de campanha.
Marcello Pablito, agora oficialmente candidato a deputado federal de São Paulo, ressaltou o caráter militante de sua campanha: "Nossa campanha é feita de jovens e trabalhadores que buscam enfrentar Bolsonaro, o bolsonarismo e o conjunto dos ataques que vieram se aprofundando com o golpe institucional de 2016, com um regime cada vez mais ajustador, com o Congresso e o Judiciário que aprovam reformas contra os trabalhadores e com um governo de extrema direita que é representante da miséria, da fome e do desemprego".
REDES SOCIAIS DE MARCELLO PABLITO
Ele ressaltou a ligação de sua campanha com a de Maíra Machado, candidata a deputada estadual por SP. Nas suas redes, Maíra ressaltou, diante da largada oficial de hoje, como suas candidaturas não confiam nas vias institucionais: "Nós não acreditamos em nenhuma instituição burguesa, ou em representantes da direita como Alckmin para enfrentar a situação que vivemos". E evidenciou sua confiança da organização da luta do explorados e oprimidos: "Acreditamos que para combater a extrema direita, o caminho é a luta de classes, dos trabalhadores, Jovens, mulheres, negros, indígenas e LGBTQIAP+, e é nessa força que nos apoiamos para defender que precisamos levantar a bandeira da independência de classe. E não a confiança em nossos inimigos, como mostra Lula e o PT ao lado da direita, um caminho que já foi comprovado que só fortalece os que nos atacam e que, mesmo assim, vem sendo trilhado pela esquerda, como o PSOL".
REDES SOCIAIS DE MAIRA MACHADO
Carolina Cacau é candidata do MRT a deputada estadual no Rio de Janeiro pelo Polo Socialista e Revolucionário. Nesta terça-feira, disse que sua campanha "está sendo feita por trabalhadores, jovens, mulheres e negros que lutam contra Bolsonaro e Claudio Castro, que contam com o centrão, o Congresso, os militares e o Judiciário para impor os cortes, as privatizações, reformas e retiradas de direitos contra a classe trabalhadora".
Assim como Maira, ressaltou que contra o bolsonarismo de nada serve a estratégia de conciliação de classes: "precisamos da organização da classe trabalhadora com independência política dos patrões e de seus representantes políticos. Não será com a conciliação com a direita e os patrões, como fazem Lula, Marcelo Freixo e Cesar Maia. Nossa unidade é dos trabalhadores, com as mulheres, negros, juventude, LGBTQIAP+ e indígenas. É nessa força que acreditamos para lutar".
Flávia Valle, oficialmente candidata a deputada federal pelo estado de Minas Gerais, ressaltou a necessidade de enfrentar Zema e todo o bolsonarismo sem se aliar com representantes da direita como Kalil, candidato ao governo de Minas pelo PSD do centrão, que fechou aliança com Lula no estado. E ressalta que esse sentido contra a conciliação é o motivo para o MRT lançar suas candidaturas pelo Polo Socialista e Revolucionário que, segundo Flávia, é uma "iniciativa que busca reunir setores que defendem a independência de classes".
Em relação ao programa que defende, Flávia ressaltou o sentido anticapitalista do que defendem: "Defendendo um programa para que sejam os capitalistas que paguem pela crise, com a revogação de todas as reformas e ataques, a redução da jornada de trabalho para 6h por dia, 30h por semana, dividindo as horas entre empregados e desempregados sem a redução de salário". Para combater a miséria social afirma que levantam a bandeira de luta "pela expropriação das grandes empresas do agronegócio, que sejam geridas por trabalhadores e controladas pela população, respondendo verdadeiramente ao problema da fome e atacando a impunidade de fazendeiros e seus jagunços que agem contra povos originários que lutam por seus territórios".
Flávia é fundadora do grupo de mulheres Pão e Rosas em Minas Gerais, e no dia de hoje também deu destaque à defesa dos "direitos atacados pelo bolsonarismo, como a luta pelo direito ao aborto legal, seguro, gratuito".
Finalizando o conjunto das candidaturas do MRT nestas eleições de 2022, Valéria Muller oficializou nas redes sua candidatura a deputada federal no Rio Grande do Sul. Estudante e trabalhadora, Valéria afirmou que "É preciso lutar para que os capitalistas paguem pela crise, pela revogação de todas as reformas neoliberais, contra os cortes na UFRGS e na educação pública, pela redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais sem redução salarial, pela legalização do aborto e contra a violência contra a mulher, pela unidade entre trabalhadores, mulheres, estudantes, negros, indígenas e LGBTQIAP+ para enfrentar os patrões e o capitalismo".
Também no RS, os trabalhadores, os desempregados e a população em geral vem sofrendo com os ataques da direita, no caso de Melo no governo do estado e de Leite na capital Porto Alegre. Contra os ataques, cortes e reformas anti-trabalhadores, Valéria levanta um programa de exigência para "que as centrais sindicais e sindicatos rompam com sua política de subordinação às alianças com a direita e organizem nossa classe em um plano de lutas nacional, com mobilizações e paralisações construídas em cada local de trabalho e estudo".
REDES SOCIAIS DE VALERIA MULLER
Oficializada a campanha, o Esquerda Diário seguirá cobrindo as eleições de 2022.
