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Atribuição de aulas em SP | Centenas de profs realizam ato na SEDUC pela revogação da nova atribuição que deixou milhares desempregados na categoria

Hoje, 4/01/2023, centenas de professores realizaram um ato em frente à Secretaria de Educação de SP exigindo o cancelamento do processo de atribuição de aulas que gerou caos, aprofundado pela “nova carreira”, implementada pelo PSDB, deixando milhares de desempregados na categoria.

quarta-feira 4 de janeiro de 2023 | Edição do dia

Convocado pelos professores categoria O (que possuem contrato temporário), esse segundo ato pela revogação da atribuição de dezembro que deixou milhares de prof sem aulas, contou com centenas de educadores temporários, além de efetivos, estáveis e até aposentados, todos indignados com mais esse ataque. Essa realidade se repete ano após ano e com a implementação da “Nova carreira”, imposta pela gestão do PSDB e pela ALESP, só piorou. O que se passa é uma verdadeira humilhação para muitos professores que nunca sabem se realmente conseguirão sair dali com aulas o suficiente para seu sustento ou em quantas escolas terão que trabalhar. Muitos inclusive saem sem nenhuma aula atribuída e ficam desempregados.

Esse ano, o caos se aprofundou com a mudança no método de atribuição, que até então consistia em seguir a pontuação dos professores (obtida a partir do acúmulo de trabalho ao longo do tempo), e que agora passa a obedecer a carga de trabalho escolhida por cada um, dando prioridade aos professores com maiores jornadas - aqueles que aderiram a nova carreira implementada pelo PSDB. Com isso, muitos professores estão sendo pressionados a passar o maior tempo possível na escola, o que leva a diminuir a quantidade de professores da escola, atingindo os efetivos e também os temporários.

Leia também: Nova atribuição: mais um pesadelo na vida dos professores, mais um motivo para mobilização

Nós do Movimento Nossa Classe Educação e do Esquerda Diário estivemos no ato de hoje e também dia 27 de dezembro de 2022, junto a categoria, denunciando essa política que é uma herança de dezenas de anos de ataques do PSDB de Alckmin, que agora assume a vice-presidência do país, de Dória e Rodrigo Garcia. Políticas de precarização do ensino que abriram caminho para que agora o reacionário Tarcísio (Republicanos) e seu secretário privatista Renato Feder aprofundem o desmonte da educação paulista.

Veja o vídeo de Flávia Telles, professora categoria O na cidade de Campinas, do Movimento Nossa Classe e do Esquerda Diário, diretamente do ato:

É preciso combater todos esses ataques à educação que geram tanta precarização, atingindo professores efetivos, estáveis, temporários, terceirizados, alunos e familiares. Nós do Nossa Classe Educação, exigimos o cancelamento desse processo absurdo de atribuição. E junto a isso é preciso exigir também o aumento de salários real, não subsidiado como prevê a nova carreira; que se efetive o concurso já anunciado - este com vagas suficientes para aumentar o número de salas de aula, diminuindo assim a quantidade de alunos por sala, mas também que isso se dê de forma que os temporários contratados já licenciados sejam efetivados sem concurso, pois já executam seu trabalho e provam sua capacidade na prática; e o mais urgente de todos: que seja revogada a nova carreira, criada para atar as mão dos professores aos interesses do estado, e não da comunidade escolar. Assim como exigimos também a revogação integral da Reforma do Ensino Médio e todas as Reformas que foram aprovadas contra o conjunto da nossa classe, como a da Previdência e a Trabalhista.

Veja também trechos da entrevista concedida pela professora Marinês, que atua na rede estadual há 11 anos, na região de Mauá:

É preciso que a APEOESP rompa com a paralisia e mobilize massivamente os professores, unificando efetivos e temporários, para que possamos derrotar todos esses ataques à educação. Fazendo também um chamado aos demais sindicatos de outras categorias do estado e às grandes centrais sindicais, como CUT e CTB, para que possamos nos unificar e enfrentar a extrema direita de Tarcísio agora presente no governo de São Paulo e todo seu projeto de ataques aos nossos direitos.

Ao final do período, foi anunciado pela diretoria da APEOESP que a SEDUC aceitou se reunir com a entidade na próxima quarta-feira, neste momento foi convocado um novo ato para a mesma data, 11/01 com concentração às 14h em frente a SEDUC em São Paulo. A presença de todos, efetivos, estáveis e contratados é fundamental.




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