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USP | Centro Acadêmico da FOUSP repudia a intenção da empresa de demitir trabalhadoras terceirizadas

O Centro Acadêmico XXV de Janeiro, da FOUSP, escreveu uma Nota de Repúdio às demissões das 10 trabalhadoras terceirizadas da limpeza da Faculdade. É uma posição que demonstra a solidariedade dos estudantes para com os trabalhadores, e que estão juntos na luta contra a precarização da Universidade.

sábado 20 de agosto de 2022 | Edição do dia

Nas últimas semanas houve a renovação da licitação de contrato dos quadros de funcionários de limpeza da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, que se deu com a renovação do contrato pela empresa INTERATIVA, que ofertou um valor de contrato R$700.000 menor do que o valor do contrato anterior, e quer agora manter e ampliar seu lucro descarregando essa diferença sobre as costas das trabalhadoras, com demissão e aumento da exploração.

A empresa anunciou intenção de demitir cerca de 10 trabalhadoras terceirizadas da limpeza (20% do quadro de funcionários), sendo 6 diretamente demitidas e 4 transferidas; em sua maioria, mulheres negras, algumas que estão com esse emprego há anos.

Essa demissão acarretaria, além da perda do emprego dessas trabalhadoras em meio à crise inflacionária, na sobrecarga de trabalho das outras trabalhadoras que já estão sobrecarregadas, afetando diretamente a qualidade do ensino, visto que é um curso com clínicas e laboratórios, em que os materiais e as salas precisam estar limpos e higienizados. Além disso, tal ação é um precedente para cada vez mais um aprofundamento da precarização da Universidade de conjunto.

A agrupação de juventude Faísca Revolucionária esteve divulgando, agitando, passando nas salas e conversando com os estudantes da faculdade, difundindo que é fundamental que tanto os estudantes, docentes e também os trabalhadores efetivos cerquem de solidariedade essas trabalhadoras e se somem à uma luta para reverter essas demissões.

Nesse sentido, o Centro Acadêmico XXV de Janeiro da FOUSP se declarou em repúdio à essas demissões, bem como fez um chamado para que assinem o abaixo-assinado contra as demissões para fazer com que a situação chegue em mais pessoas e para pressionar a Faculdade e a empresa, mostrando que os estudantes estão ao lado dos trabalhadores, e que devemos lutar contra a precarização da Universidade vinda por parte da reitoria, da direção da Faculdade, das empresas terceirizadas e do Governo do Estado. Seria fundamental também que os outros Centros Acadêmicos e o Diretório Central dos Estudantes (DCE) se posicionem contra essas demissões.




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