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CRISE NO NORTE DO PAÍS | Com aumento nas internações, usina de oxigênio tem sobrecarga no interior do Acre

Hospital no interior do Acre sofre com 75% dos leitos de UTI ocupados para pacientes com Coronavírus, sobrecarregando uma das unidades geradoras de oxigênio, o que deixou familiares dos pacientes em pânico, com medo de que haja um colapso como nos hospitais do Amazonas.

terça-feira 26 de janeiro de 2021 | Edição do dia

Foto: Marcos Vicentti/Secom

Aumento exponencial em internações de paciente com COVID-19 gera sobrecarga em uma das unidades geradoras de oxigênio do Hospital Regional do Juruá, em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre. O hospital conta com 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) específicos para tratamento de Coronavírus, dos quais 15 já estão ocupados, segundo o boletim de assistência da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) divulgado no sábado (23).

Após denúncia, a Associação Nossa Senhora da Saúde (Anssau), responsável pela administração do hospital, informou que houve uma sobrecarga que acarretou em falha operacional no consumo de oxigênio, mas que não houve falta do produto. "Em face do significativo número de pacientes internados nos últimos cinco dias com diagnóstico de COVID-19, tanto na enfermaria como na UTI, houve um aumento de modo exponencial no consumo de oxigênio medicinal, o que causou sobrecarga em uma das unidades geradoras (usina), fazendo com que a mesma apresentasse uma falha operacional. Tal falha resultou na diminuição da produção de oxigênio, o que gerou vários comentários sobre uma possível falta do produto na unidade hospitalar, o que não corresponde com a verdade."

O estado do Acre vem recebendo pacientes do estado vizinho, Amazonas, desde o colapso vivido nas unidades de saúde do estado, em que os pacientes ficaram sem oxigênio.

A situação no Acre assustou familiares de pacientes, por causa do que ocorreu no estado vizinho.

Leia Mais: Ao menos 24 pessoas já morreram sem oxigênio no Amazonas e no Pará

O agravamento dos problemas enfrentados no sistema de saúde na região Norte do país é fruto do descaso do governo, que, em Manaus, escondia cilindros de oxigênio enquanto pessoas morriam asfixiadas nos hospitais. Na capital amazonense, já houve mais mortes por COVID-19 nos primeiros 21 dias de 2021 do que em todo o ano de 2020.

O negacionismo de Bolsonaro e Pazuello é a maior causa da crise que enfrenta a saúde por todo o país. Já passaram das 210 mil mortos de Coronavírus, e o governo apenas ri sobre o assunto e diz que não pode fazer nada. Depois de um mês que iniciou a imunização em distintos países do mundo, não há vacinas disponíveis nem para todos os trabalhadores da área da saúde, que estão todos os dias na linha de frente contra a COVID-19.

Tal posição do governo federal abre caminho para governadores como João Doria saírem como possíveis heróis da crise, mas lembramos que o governador de São Paulo não disponibilizou testes para toda a população, obrigou milhões de trabalhadores a se manterem trabalhando em fábricas e galpões de logística em condições insalubres, enquanto viviam o medo de se contaminar ou perderem seus empregos, além de negar a reconversão da produção industrial para produzir respiradores mecânicos e leitos de UTI.

Por isso, não há um “mal menor” entre eles. O enfrentamento ao governo Bolsonaro tem que ocorrer junto com a luta contra os governadores e todo o regime que continuam a oprimir cada dia mais a classe trabalhadora.




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