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Eleições 2022 | Com disputa entre oligarquias, Marília Arraes e direitista Raquel Lyra vão para segundo turno no PE

Marília Arraes (SD) 23,96%, Raquel Lyra (PSDB) 20,61%, Anderson Ferreira (PL) 18,17%, Danilo Cabral (PSDB) 18,05% e Miguel Coelho (União Brasil) 18%. O resultado eleitoral confirma um segundo turno entre duas candidatas que representam dois projetos oligárquicos regionais de direita Marília Arraes pelo Solidariedade e Raquel Lyra pelo PSDB. As eleições para o governo de Pernambuco expressam a crise da política do PSB que paga o preço por piorar as condições de vida dos trabalhadores no estado durante os 14 anos que esteve à frente no governo.

Renato ShakurEstudante de ciências sociais da UFPE e doutorando em história da UFF

segunda-feira 3 de outubro de 2022 | 16:56

Foto: Renato Ramos / JC IMAGEM e Marcos Matos / JC IMAGEM

As projeções de intenção de voto mostravam Marília Arraes com ampla vantagem frente aos 4 candidatos que estavam em empate técnico no 2º lugar. O resultado apontou uma outra tendência, com uma pequena diferença de votos entre a oligarquia Arraes e a oligarquia Lyra. Isso foi resultado de como Marília, Raquel e Anderson capitalizaram o desgaste do PSB no estado, obviamente de forma demagogica e com um programa bastante de direita. Por outro lado expressa também o deslocamento à direita das eleições nacionais que revelou a recomposição do bolsonarismo, mesmo em Pernambuco onde contraditoriamente Lula ficou com ampla margem à frente de Bolsonaro.

O fato é que o PSB, aliado de Lula nestas eleições, colocou Pernambuco nos piores índices de emprego, saneamento, desigualdade social e violência policial do país e nesse momento temos duas candidatas no 2º que em nada representam os anseios dos trabalhadores e do povo Pernambucano. Marília Arraes tem como vice de sua chapa um golpista, é contra o aborto e pelo aumento da repressão policial contra a população pobre e negra. Raquel Lyra não fica atrás, ela também defende um programa de direita para cidade, a poquíssimo tempo esteve bem próximo a Bolsonaro recebendo verbas do ministério da cultura e defende a ampliação da inciatia privada no estado.

Leia mais: Por que Marília Arraes não é alternativa para a classe trabalhadora e o povo pobre?

Leia mais: Candidatura de Raquel Lyra: a união de velhas oligarquias

A relocalização do bolsonarismo nacionalmente mostra que a política de conciliação não pode combater seriamente a extrema direita e a direita. Se revela a fundamental necessidade de organização da classe trabalhadora para enfrentar a direita e a extrema direita na luta de classes, sem nenhuma aliança com a direita, com os patrões e seus representantes.




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