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ED rodoviários | Contra Bolsonaro e Melo, apostar na força dos trabalhadores para enfrentar a fome, as reformas e privatizações

Hoje nós da Juventude Faísca e do MRT realizamos uma panfletagem dialogando com os rodoviários e usuários do transporte público. Confira parte do conteúdo do panfleto, denunciando os ataques de Bolsonaro e Melo que seguem descarregando a crise dos capitalistas nas costas dos trabalhadores. Confira abaixo o conteúdo do panfleto na íntegra.

sexta-feira 6 de maio de 2022 | Edição do dia

Salários defasados, aumento absurdo do preço dos alimentos e da gasolina, precarização do trabalho. A resposta dada pelos capitalistas e seus governos é privatizar e arrancar direitos, ampliando seus lucros. O governo do racista Bolsonaro aprovou inúmeras privatizações e ataques, contando com o apoio do STF, Câmara, Senado e da grande mídia. Leite privatizou grande parte da CEEE e Melo a Carris. As falsas promessas de baixar os preços das tarifas se mostraram, mais uma vez, uma grande mentira. Hoje, pagamos o preço da política privatista e de ataques como a reforma trabalhista.

Aqui em Porto Alegre, enquanto os rodoviários e a população seguem pagando a conta da crise do transporte público, o prefeito bolsonarista Sebastião Melo (MDB) segue despejando milhões de verbas públicas nos cofres dos empresários do transporte privado. Passagem a R$ 4,80 e com ameaças constantes de aumento, ônibus sucateados, lotados e com poucos horários, linhas extintas, demissões e fim dos cobradores, privatização da Carris... A lista dos problemas do transporte público da cidade é enorme, mas para Melo importa unicamente atender a sede de lucro de um punhado de empresários parasitas.

Outra medida tomada por Melo é a entrega das linhas transversais (linhas T) para as empresas privadas por meio de licitação. Esse ataque é parte da privatização e desmonte da Carris. Além de entregar as linhas, Melo quer criar uma espécie de loteria municipal para arrecadar verba para subsidiar as empresas privadas do transporte. Melo fecha postos de trabalho e aposta em jogos de azar para satisfazer a sede de lucro dos capitalistas, fazendo com que os rodoviários e a população paguem a conta. Se o transporte dá prejuízo então que provem e abram os livros de conta das empresas privadas! Por tudo isso defendemos um transporte 100% público sob controle dos trabalhadores e usuários, atacando o interesse privado e atendendo às necessidades das maiorias trabalhadoras.

"Vamos à luta porque não temos mais nada a perder"

Essa é uma frase dita por um operário da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), em Volta Redonda (RJ), em luta há mais de 1 mês por reajuste salarial e reintegração dos demitidos pela empresa. A luta dos trabalhadores da CSN é um grande exemplo que aponta um caminho para os trabalhadores de todo país que sofrem com a defasagem dos seus salários frente ao aumento dos preços e com o desemprego. Por isso precisamos dar todo apoio à luta desses operários e se inspirar nesse forte exemplo para enfrentar Bolsonaro, Melo e os patrões que nos jogam no desemprego, na miséria e na fome. Os rodoviários da Carris, em 2021, apontaram o caminho da mobilização independente, fazendo uma greve, mesmo com a traição do sindicato, contra a extinção do cargo de cobrador e contra a privatização da empresa.

Essa perspectiva deveria ser apontada pelas grandes centrais sindicais, como CUT e CTB, organizando e unificando as lutas em curso e confiando em nossas próprias forças. A união que vai derrotar Bolsonaro, seus aliados e os ataques é a união da classe trabalhadora com o povo pobre, juventude, as mulheres e negros. Não com a direita, como o PT está fazendo com Alckmin e outros para administrar o regime político contra os trabalhadores. É a unidade da nossa classe, em luta, que pode derrotar a extrema-direita e os ataques. Não é possível derrotar de fato o bolsonarismo se aliando com algozes como Alckmin. Além disso, nos atos do dia 1º de maio, dia dos trabalhadores, a CUT e o PT chamaram para discursar figuras como o bolsonarista Arthur Lira, presidente da Câmara de deputados, também Luiz Fux, ministro do STF, ambos responsáveis pela aprovação de ataques aos trabalhadores e responsáveis pela crise que passamos. Hoje o PSOL se dilui no PT, fazendo campanha para a chapa e se federando com a REDE, ex-partido de Mauro ’Dinheiro’. Nesse sentido, nós do MRT viemos construindo o Polo Socialista e Revolucionário junto a outros setores para batalhar por uma política dos trabalhadores e chamamos todos a conhecer mais nossas ideias pelo esquerdadiario.com.br. É a unidade da nossa classe, em luta, que pode derrotar a extrema-direita e os ataques.

Para enfrentar Bolsonaro, Melo e os patrões é preciso se organizar em cada local de trabalho e batalhar para colocar de pé uma política de independência de classe, confiando em nossas próprias forças, unindo todos que não tem nada a perder, como fazem os trabalhadores da CSN. Por essa via, levantar um programa que responda às necessidades da nossa classe. Pela revogação integral e imediata da reforma trabalhista e de todas as reformas e privatizações! Pelo reajuste automático dos salários de acordo com a inflação, emprego para todos e contra a precarização do trabalho! Por auxílio de um salário mínimo para todos desempregados! Pela redução drástica e imediata dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis, e por uma Petrobrás 100% estatal e sob controle dos trabalhadores e da população!




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