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RUMO AO 19J | Contra Bolsonaro e o Congresso que atacam as universidades! Dinheiro pra educação e não pra dívida pública!

O corte bilionário às universidades federais sancionado por Bolsonaro e aprovado pela Câmara e pelo Senado golpistas faz parte de um projeto de maior sucateamento e precarização das universidades e da vida da juventude! Rumo ao 19J, também é preciso levantar a bandeira do não pagamento da dívida pública fraudulenta, pois enquanto garantem seu pagamento bilionário, cortam o orçamento das universidades, atacando a permanência, as pesquisas e os hospitais em nome dos lucros capitalistas.

Luiza EineckEstudante de Serviço Social na UnB

quarta-feira 16 de junho de 2021 | Edição do dia

A educação sempre esteve na mira do Bolsonaro e do Congresso Nacional golpista. Com o aprofundamento da crise, aproveitaram para atacar ainda mais a juventude e os trabalhadores. Em maio, foi votada a Lei Orçamentária Anual de 2021, em que foi aprovado um corte bilionário na educação superior, com um orçamento de R$ 4,2 bilhões menor que o de 2020. Esse corte faz parte de um projeto de maior sucateamento e precarização das universidades e da vida da juventude.

Os setores mais precarizados das universidades são os que mais sofrerão as consequências desses ataques. Esse corte já significou ataques às bolsas, assistência estudantil, demissões de trabalhadores terceirizados e, inclusive, a vários hospitais universitários e pesquisas em desenvolvimento de vacinas brasileiras. Além de colocar em risco o funcionamento de mais de 30 universidades federais no próximo semestre.

Um elemento importante para debatermos frente aos cortes bilionários é a dívida pública e seu pagamento religioso por parte de Bolsonaro, Mourão e por todo o regime golpista. Uma dívida trilionária que condiciona grande parte do orçamento e das decisões orçamentárias do país para seu pagamento. Ou seja, deixam de lado os investimentos sociais e direitos fundamentais como educação, saúde, etc em nome dos lucros exorbitantes do mercado financeiro imperialista. Saqueiam todas as nossas riquezas, produzidas pelos trabalhadores, para seu pagamento, uma verdadeira subordinação aos interesses imperialistas e aos capitais nacionais.

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A EC 95 do Teto dos Gastos, que Bolsonaro e Guedes adoram, é um dos mecanismos que ajuda no pagamento dela ao ser utilizada para justificar a limitação dos gastos do governo, em nome da dívida pública, principalmente, quando o assunto é a educação. A Lei de Responsabilidade Fiscal também é usada como um mecanismo.

Bolsonaro, Mourão, os golpistas e os capitalistas nos reservam um futuro de miséria. Cortam bilhões da educação e saúde, em meio a pandemia, para que nós continuemos a pagar por essa crise e essa dívida ilegal, ilegítima e fraudulenta. Por isso, precisamos batalhar fortemente para conquistar a revogação dos cortes, das reformas, privatizações e pelo não pagamento da dívida pública. Isso só será possível com nossas forças nas ruas, de maneira independente das saídas por dentro desse regime golpista, em que todas as suas alas se unem com Bolsonaro e Mourão sempre para nos atacar.

Precisamos nos apoiar na força despontada pelos estudantes no dia 29M, a partir dos cortes, e que tomou as ruas com milhares de jovens e trabalhadores contra Bolsonaro, Mourão e militares, batalhando por um 19J massivo e um plano de lutas unificado aos trabalhadores. Nesse sentido, rumo ao 19J não podemos deixar que as direções burocráticas das organizações ditem os rumos da nossa luta como foi no 29M. Apesar dos atos terem expressado uma força, o objetivo das direções das organizações e entidades é o de canalizar eleitoralmente o descontentamento social com Bolsonaro. Não podemos deixar que isso aconteça! É absurdo que as organizações estudantis e operárias, como a UNE, dirigida pelo PT, PCdoB e Levante Popular, e as centrais sindicais atuaram e continuam atuando rumo ao 19J na contramão da massificação dos atos e da unidade entre estudantes e trabalhadores, na realidade, atuam para dividir o ato com um outro que ocorrerá no dia 18J.

Infelizmente, também não organizam pela base os estudantes, nem os trabalhadores, e estão sem convocar uma assembleia sequer com direito a voz e voto para construir os atos. É uma pena que setores da Oposição de Esquerda da UNE, como o PSOL, buscam capitular aos passos de conciliação com a burguesia e golpistas do PT e Lula, e não batalhar pela auto-organização dos estudantes ao lado dos trabalhadores para superar as direções burocráticas, avançando em dar uma resposta concreta para a crise que se enfrente com Bolsonaro, Mourão e os militares. E para isso não podemos apostar em saídas por dentro do regime (CPI, impeachment e eleições) e em instituições golpistas que só nos atacam como é o Congresso Nacional, o STF, como fazem.

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É nesse sentido que nós da Faísca - Anticapitalista e Revolucionária e do Esquerda Diário nos colocamos frente a esses brutais ataques que viemos sofrendo com uma perspectiva anticapitalista. Para defender a educação dos cortes bilionários, também precisamos batalhar pelo não pagamento da dívida pública, mas isso não basta, conjuntamente devemos avançar para a nacionalização de todos os bancos sob controle dos trabalhadores. Só assim, seria possível controlar a entrada e saída dos capitais e reorganizar toda a poupança nacional para investimentos de acordo com as necessidades reais da população nos diversos âmbitos nacionais, e não aos lucros capitalistas!

Rumo ao dia 19J, que os capitalistas paguem pela crise e não a educação! Pelo não pagamento da dívida pública!

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