A extrema direita que realiza bloqueios em diversas estradas do país só pode ser enfrentada com a força da mobilização, como mostraram os peões da Brasfels, moradores da periferia, a Galoucura e a Gaviões da Fiel. Os estudantes e entidades estudantis precisam ser linha de frente de combater esses setores sem confiança que as instituições podem garantir a democracia.
quarta-feira 2 de novembro de 2022 | Edição do dia
Já são três dias de bloqueios nas estradas por todo o país motivados por locautes bolsonaristas por golpistas minoritários, patronais do agro, forças policiais e hoje se expressam nas ruas os setores mais proto fascistas do bolsonarismo pedindo intervenção militar por todo o país. Estudantes vem sendo impedidos de estudar e os estudantes da UFRJ foram ameaçados e não puderam seguir viagem. Hoje, vimos manifestações bolsonaristas em várias capitais pelo país exigindo intervenção militar. Para enfrentar a extrema direita, trabalhadores, moradores das periferias e torcidas organizadas vem mostrando o caminho.
Os trabalhadores do Estaleiro Brasfels de Angra desceram do ônibus e expulsaram os bolsonaristas: "Vamo liberar! Quero jantar! Trabalhei o dia todo!", Em São Mateus, ES, a população destrancou a BR e colocou os bolsonaristas para correr, assim como a torcida Galoucura e Gaviões da Fiel.
Bloqueios golpistas | Trabalhadores mostram o caminho pra enfrentar os bloqueios bolsonaristas
Em sentido oposto, a UNE vem depositando sua confiança nas instituições ao invés de confiar na força da mobilização: "pedimos a PRF que cessem essas manifestações, permitindo assim que os estudantes chegar nas escolas e universidades". Deposita confiança na aparelhada PRF que fez operações para dificultar os votos no nordeste. O caminho para enfrentar a extrema direita é nossa organização e medidas efetivas de luta, sem confiança no judiciário, nas forças repressivas ou nas alianças com a direita, como faz Lula-Alckmin.
Não podemos confiar na Polícia Rodoviária Federal, no Exército e muito menos no STF, pilar do golpe institucional no Brasil e nos governadores como Zema e Castro, diretamente bolsonaristas que querem se localizar frente ao novo regime.
É necessário que as entidades estudantis e a UNE convoquem imediatamente reuniões e assembleias em cada local de estudo para organizar os estudantes para se juntarem as ações pelo fim dos bloqueios e contra as manifestações reacionárias dos bolsonaristas. Só com a unidade dos estudantes com os trabalhadores é possível enfrentar a extrema direita, como colocou Marcello Pablito, trabalhador da USP: "Centrais sindicais precisam organizar a luta contra os bloqueios bolsonaristas e as reformas".
