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Terceirização | DENÚNCIA: Cebraspe atrasa 2 meses pagamento de terceirizados pelo trabalho na prova do Enade

O Cebraspe, empresa especializada na realização de concursos públicos, está desde novembro de 2022 sem pagar as terceirizadas que participaram do Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes). Alguns trabalhadores começaram a ser pagos essa semana, mas mesmo assim muitos continuam sem receber.

sexta-feira 3 de fevereiro de 2023 | Edição do dia

A prova aconteceu no dia 22 de novembro na UFRN. Relatos de trabalhadoras falam de cerca de mais de 18 trabalhadoras que não receberam. Os ASG (Auxiliar de Serviços Gerais), que cuidam de limpeza e manutenção da universidade, foram contratados pela empresa e deveriam receber R$72,00, enquanto que os trabalhadores que trabalharam diretamente na aplicação da prova, como os fiscais de sala, volantes e outras funções recebiam um pouco mais do que os ASG’s.

Trabalhadores chegaram a mandar dezenas de e-mails para a empresa cobrando o pagamento. É mais uma mostra de como a terceirização serve para superexplorar as trabalhadoras, que convivem com condições precárias de trabalho, baixos salários, e muitos casos de não pagamento. Basta lembrar que ano passado as trabalhadoras da CriArt ficaram sem receber, bem como de outras empresas terceirizadas da UFRN, sob responsabilidade da reitoria. É um absurdo que diante da crise que estamos passando no Brasil nos últimos anos, com inflação que encarece os custos dos alimentos e dos demais bens de consumo necessários para a vida das famílias brasileiras, como vimos durante o reacionário governo Bolsonaro, combinado com o aumento do desemprego, e as filas de osso e pessoas revirando lixo para ter algo que comer, que uma empresa atrase absurdamente em dois meses o pagamento dessas trabalhadoras e trabalhadores que pagam com suor e sangue os custos da crise econômica descarregada nas costas da classe trabalhadora pelos patrões e empresários capitalistas.

Esses ataques são fruto da nefasta reforma trabalhista aprovada pelo governo de Michel Temer e aprofundada por Bolsonaro, que precariza ainda mais as condições de trabalho da classe trabalhadora brasileira, como já era durante os governos do PT que triplicou a terceirização, e que agora com o governo Lula-Alckmin já demonstrou que não vai revogar a reforma trabalhista, para garantir os interesses dos patrões e empresários capitalistas.

Nós do Esquerda Diário, uma mídia comprometida com a luta das trabalhadoras e trabalhadores, se coloca totalmente a serviço dos trabalhadores, como um meio de denúncia e organização da luta dos trabalhadores por seus direitos. Só a luta organizada das trabalhadoras e trabalhadores pode de fato arrancar nossos direitos e dar uma saída de fato aos demais problemas estruturais que afetam a situação bastante lastimosa da classe trabalhadora no Brasil e no mundo.




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