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METRÔ | Diante dos ataques do Metrô de Doria: organizar a mobilização dos metroviários pela base!

A categoria fará uma assembleia nesta terça (12) para definir os rumos da mobilização contra a ofensiva de Doria e da empresa. É preciso organizar os metroviários com reuniões de base para preparar uma forte mobilização contra os ataques. 

Rodrigo Tufãodiretor do sindicato das Metroviárias e Metroviários de SP e do Movimento Nossa Classe

terça-feira 12 de janeiro de 2021 | Edição do dia

O Governo de SP e a direção do Metrô vem aplicando uma série de ataques aos Metroviários e à população. Cortes de adicionais, demissões, terceirizações como as das bilheterias que precarizam o trabalho e reduzem salários e a cobrança de tarifa aos idosos entre 60 e 65 anos. E agora um aumento na porcentagem da participação do empregado quando usa o plano de saúde, medida aprovada no Conselho da Metrus que é formado por uma maioria de representantes que não representam os interesses dos trabalhadores. Tudo isso durante uma das maiores crises sanitárias da história. Se aproveitam da situação delicada para aplicar seus projetos neoliberais de privatizações e reduções de direitos. Adesivos e coletes pedindo "vacina para todos já", "vidas importam", " não às demissões" e "contra os ataques aos direitos", vem sendo usado pelos funcionários durante o período de trabalho.

O oportunismo de Doria, que usa a crise como plataforma para as eleições presidenciais de 2020, não é diferente do negacionismo irresponsável de Bolsonaro. Ambos não garantem uma quarentena efetiva para a maioria da população, testes massivos e demais medidas sanitárias. Demissões em massa e reduções salariais são implementadas de norte a sul do país. O insuficiente auxílio emergencial de R$600,00 tardou a chegar nas mãos das pessoas, tendo agora sua continuidade suspensa pelo governo, mesmo o país estando ainda no centro da pandemia com mais de mil mortes diárias. A fome voltou a aumentar no território nacional. Bolsonaro e Doria são responsáveis pelas mais de 200 mil mortes de brasileiros até agora. 

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Os trabalhadores e trabalhadoras não tem outra opção a não ser organizar a luta contra esses governos e patrões. No Metrô de SP, é preciso preparar a partir da base a mobilização dos funcionários que estão trabalhando durante toda essa crise sanitária, para dar uma resposta a todas as maldades que a empresa está fazendo a mando de Doria. Não é possível aceitar que se aproveitem da pandemia para atacar o plano de saúde e avançar na privatização da companhia. É necessário organização de base em cada local de trabalho, com setoriais on-lines e presenciais (a depender da segurança sanitária em cada local), para que possam definir as propostas e serem levadas para as assembleias e preparar uma grande greve, pois só assim será possível enfrentar de forma efetiva os absurdos feitos com os trabalhadores e o povo durante essa pandemia.

Por isso, nós da Chapa 4 Nossa Classe, minoria na diretoria do Sindicato dos Metroviários, chamamos a categoria para a live do sindicato que ocorrerá nesta terça (12) às 18h e, logo depois, para participarem da assembleia on-line a partir das 19h, com duração até às 19h do dia 13/01.

A partir dessa organização de base e da aliança com outras categorias é que será possível lutar pelos direitos de toda população como uma campanha de vacinação gratuita controlada pelos trabalhadores da saúde, para que a vida esteja acima do lucro e das disputas políticas entre Bolsonaro, Governadores, Prefeitos, empresários e toda casta do judiciário. As centrais sindicais como CUT e CTB precisam sair da inércia e organizar os milhares de sindicatos no país para que os trabalhadores possam resistir aos ataques e a retirada de direitos, como o absurdo encerramento da produção da Ford no Brasil que deixará milhares de trabalhadores na rua. Assim como garantir a vacina e um sistema realmente único de saúde, público, centralizado e controlado pelos trabalhadores do SUS. Só uma grande mobilização nacional pode derrotar o projeto autoritário de Bolsonaro e o projeto neoliberal de Doria, Rodrigo Maia e todos os golpistas.




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