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CRISE DE GOVERNO | Dilma completa seis meses de 2º mandato com apoio mínimo de 9%

Segundo o Ibope, 21% dos entrevistados consideram este novo mandato "regular" e 68% "ruim ou péssimo".

quinta-feira 2 de julho de 2015 | 01:39

A presidente Dilma Rousseff completou nesta terça-feira os primeiros seis meses de seu segundo mandato com apenas 9% de aprovação ao seu governo e um índice de inflação próximo disso, o qual reflete o delicado momento político e econômico do país.

O crescente descontentamento da sociedade com o segundo mandato da presidente, que começou em 1º de janeiro, foi registrado em uma pesquisa divulgada hoje pelo Ibope. Segundo o Ibope, 21% dos entrevistados consideram este novo mandato "regular" e 68% "ruim ou péssimo".

O resultado da pesquisa é parecido com outro divulgado há dez dias pelo Datafolha, que indicou a taxa de aprovação do governo em 10%, e um índice de rejeição de também 68%.

O Ibope explicou que entre os fatores que provocaram esse mal-estar estão a inflação e o medo do aumento do desemprego.

De fato, a inflação no país está em curva ascendente desde o ano passado e nos primeiros cinco meses de 2015 alcançou uma taxa de 5,34%, com variação anualizada (de maio a maio) de 8,47%.

O mercado de trabalho também registra uma constante deterioração e, segundo dados oficiais, a taxa de desemprego ficou em 6,7% em maio, sua quinta alta consecutiva.

Esses dois fatores afetam principalmente a classe trabalhadora e o povo pobre, que concentraram a base de apoio a Dilma, reeleita em outubro com 51,64% dos votos.

Para enfrentar essa situação, o governo começou a aplicar um severo e impopular programa de ajuste fiscal, que incluiu um duro corte no orçamento em áreas sociais, como educação e direitos trabalhistas.

A crise do governo Dilma do PT se aprofunda tendo como plano de fundo as expectativas políticas da população desde as Jornadas de Junho de 2013, quando milhões de jovens saíram às ruas por todo o país e barraram os aumentos das passagens, e também manifestaram um descontentamento geral em relação as demandas sociais e a forma que se faz política no país.

A juventude abriu caminho para a maior onda de greves de trabalhadores dos últimos tempos. É de forma independente do governo, mas também da oposição de direita, a partir dos lugares onde trabalham e estudam, que trabalhadores e jovens podem conformar uma saída pela esquerda ao governo, que impeça que a crise seja jogada nas costas dos trabalhadores.




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