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ORGULHO LGBT: 52 ANOS DE STONEWALL | Dossiê 52 anos de Stonewall: enfrentar Bolsonaro, Damares e os capitalistas

Pão e Rosas@Pao_e_Rosas

segunda-feira 28 de junho de 2021 | Edição do dia

Para o desespero de Bolsonaro, Mourão, Damares e todos reacionários, há 52 anos, não esquecemos de Stonewall, uma revolta que deixou marcas profundas no movimento LGBTQI+ e mostrou a potência da organização dos que sofrem com a miséria da opressão sexual e de gênero e a exploração do trabalho. Por isso, nós da seção de gênero e sexualidade do Esquerda Diário, organizamos essa pequena contribuição sobre a luta contra a lgbtfobia, o capitalismo e o patriarcado. Porque nossas vidas não cabem nos armários que querem nos impor.

Queremos resgatar a combatividade das LGBT que se enfrentaram bravamente com a violência policial nos EUA, para que junto a classe trabalhadora possamos enfrentar mais de uma década de crise capitalista internacional, que no Brasil se materializa no governo da extrema direita de Bolsonaro, Mourão e no regime com suas instituições golpistas, que juntos aplicam reformas e ataques ao conjunto dos trabalhadores e LGBT. Essa combatividade para nós também deve assumir a ideia de que não há nenhuma conciliação possível com aqueles que nos atacam, por isso, também lutamos contra a extrema direita, de forma independente do PT e seu projeto de conciliação que nada tem a nos oferecer.

A nossa luta por libertação sexual e de gênero está entrelaçada há luta pela libertação de todos os oprimidos, como negros e negras e as mulheres, e pela libertação de todos os trabalhadores da exploração capitalista do trabalho. Por isso, não será com empresas inclusivas, que se pintam com nossa bandeira enquanto lucram com nosso sangue, que vamos conquistar nossas demandas. Mas sim, com a profunda unidade ser com a profunda unidade entre os trabalhadores e as LGBTQIA+ numa perspectiva anticapitalista e revolucionária, nas ruas, nas casas e nas camas.

Dedicamos este Dossiê a Roberta, que teve seu corpo ateado fogo essa semana em Recife por ser quem ela é, uma mulher trans, a Gabriel que morreu vítima da lgbtfobia numa barbearia, a criança de 11 anos que queria debater o mês do orgulho LGBT na escola em Campinas e a tantos dos nossos que morrem vítimas da lgbtfobia. Mas também dedicamos a aquelas que estiveram na linha de frente dos processos de luta internacionais, aos que protagonizaram o Black Trans Lives Matter, nos EUA, aos que tiveram a frente da luta contra os ataques e reformas de Ivan Duque na Colômbia e contra o golpe militar em Myanmar. Porque onde há luta de classes há luta pela libertação de gênero e sexualidade, e nós estaremos lá, fazendo do Esquerda Diário uma verdadeira arma que expresse a potência da nossa luta e que seja parte dela, defendendo a nossa mais profunda emancipação.

Dossiê Orgulho LGBT: 52 anos de Stonewall

Enfrentar Bolsonaro, Damares e os capitalistas: Revolução nas Ruas, Nas casas e nas camas!

Retomar a combatividade de Stonewall para enfrentar Bolsonaro, Mourão e todos os golpistas
Por Mateus Matias, de Campinas/SP

Myanmar, Colômbia e BLM: LGBT+, luta de classes e estratégia revolucionária
Por Caio Rosa, de Brasília/DF

Stonewall: a revolta que esmurrou as portas para o movimento LGBT+
Por Matheus Félix, Mafê Macedo, Thais de Paula, de Belo Horizonte/MG

As sexualidades LGBT em meio ao capitalismo: entre o desejo, a solidão e a precarização
Por Luno P., de Porto Alegre/Rs

As imagens do dossiê são de Railin G, coordenadora do Centro Acadêmico Dionísio do Teatro/UFRGS e militante do grupo de mulheres Pão e Rosas.

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