Diante da invasão das sedes dos três poderes em Brasília pela extrema direita bolsonarista e da declaração de intervenção federal por Lula, é urgente que as centrais sindicais, como CUT e CTB, e demais entidades de massa mobilizem nossa classe contra os golpistas, os militares e pela revogação imediata de todas as reformas. Só nossa força independente nas ruas pode virar a balança, sem anistia para Bolsonaro, os militares e os ataques dos capitalistas.
domingo 8 de janeiro de 2023 | Edição do dia
Com 80 ônibus financiados por empresários golpistas levando milhares de bolsonaristas para fazer o “Capitólio brasileiro” em Brasília, sob a conivência do governador Ibaneis e seu secretário Anderson Torres, ex-ministro de Bolsonaro, é urgente uma resposta da classe trabalhadora e dos movimentos sociais. A política reacionária da extrema direita e seus batalhões mobilizados não serão combatidos pelas forças repressivas que comporam o governo Bolsonaro por 4 anos e a quem os golpistas pedem intervenção militar.
Diante desse histórico ataque, é urgente que as centrais sindicais, entidades estudantis e movimentos sociais mobilizem nossa classe contra os golpistas e pela revogação imediata de todas as reformas. Só nossa força independente nas ruas pode virar a balança, sem anistia para Bolsonaro, os militares e os ataques dos capitalistas. As centrais sindicais como a CUT e a CTB, que dirigem milhões de trabalhadores nacionalmente, deveriam romper a política de paz social da frente ampla e convocar uma forte mobilização, o único caminho capaz de oferecer uma saída independente da direita e que levante um programa em defesa dos trabalhadores e de todos os setores oprimidos.
Por isso, é preciso repudiar a intervenção federal decretada por Lula, com o apoio do reacionário STF, que pretende militarizar Brasília por mecanismos semelhantes aos usados durante a intervenção no Rio de Janeiro, que levou violência contra o povo negro e quando Marielle foi assassinada. As centrais não podem seguir o caminho que vieram trilhando ao longo do governo Bolsonaro, sem organizar uma luta séria contra a extrema direita golpista que quer que trabalhemos na miséria e até morrer. É preciso seguir o exemplo da greve de entregadores marcada para o dia 25 de janeiro e dar um passo à frente em nossa organização, exigindo um plano de luta consequente que coloque contra a parede essa extrema direita golpista, os militares e pela revogação de todas as reformas e ataques.
