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Pré-venda | Edições Iskra lançam pré-venda de “Nós mulheres, o proletariado”. Apoie e contribua!

As Edições Iskra lançam a pré-venda do livro “Nós mulheres, o proletariado”, de Josefina Luzuriaga Martínez, originalmente publicado em castelhano no Estado Espanhol, com o título “¡No somos esclavas!”. O livro da historiadora e jornalista recupera os fios de resistência e das lutas pela emancipação das mulheres junto a todos os oprimidos. Um livro sobre greves femininas, cruzadas por gênero, classe e migrações, que contará com capítulo inédito sobre a luta das mulheres negras no Brasil.

segunda-feira 29 de novembro de 2021 | Edição do dia

Acesse a campanha e reserve já o seu: https://www.catarse.me/nosmulheresoproletariado.

A edição em português contará com prefácio escrito por Diana Assunção, fundadora no Brasil do grupo de mulheres Pão e Rosas, e Letícia Parks, dirigente da agrupação de negros e negras Quilombo Vermelho. Também contará com um capítulo inédito sobre as lutas das mulheres negras no Brasil, escrito por Letícia.

"Em todo o planeta, o racismo, a xenofobia, o machismo e a homofobia multiplicam as cifras da exploração capitalista. As políticas neoliberais aprofundaram as diferenciações raciais e de gênero, para obliterar os direitos da classe trabalhadora, permitindo aos capitalistas impor, a seu favor, uma profunda fragmentação. O racismo institucional e a precariedade são a base da organização do trabalho na colheita da fruta no campo, entre as empregadas domésticas ou as da limpeza ”, destaca a autora na introdução.

Ela também explica que “as leis de imigração existem para garantir uma força de trabalho disponível para aceitar salários mais baixos, privados dos direitos elementares. Porém, com a pandemia e a crise atual, vimos em vários países o retorno da luta de classes e as tendências de unidade entre os diversos setores oprimidos. Mulheres trabalhadoras e imigrantes estão na linha de frente da exploração ao lado de suas colegas, mas também na linha de frente da resistência."
Na perspectiva de um feminismo socialista, a autora busca “percorrer a história das greves das mulheres trabalhadoras como parte da luta da classe trabalhadora contra a exploração capitalista e com uma perspectiva de emancipação dos oprimidos e oprimidos como um todo."

A obra

Na manhã de 11 de janeiro de 1912, o frio era de tirar o fôlego em Lawrence, Massachusetts. Antes das 6 da manhã, milhares de bocas engoliam pequenos pedaços de pão em cozinhas escuras; as mulheres alimentavam as crianças e vestiam os casacos para ir trabalhar. Naquele dia de inverno, porém, a tensão se transmitia nos olhares, nas frases trocadas em diferentes idiomas, nos rostos endurecidos. As mulheres polonesas foram as primeiras a entrar em greve: 200 mulheres que, ao receberem o pagamento semanal e verificarem que seus salários haviam sido reduzidos, explodiram de fúria e interromperam a produção. Elas cruzaram os braços e, largando fios e agulhas, condenaram as máquinas à sua impotência de jarras de cerâmicas sem alma. Com esse gesto, iniciaram uma luta que seria imparável, com mais de 25.000 trabalhadoras em greve e uma cidade industrial paralisada pelos piquetes.

Uma das greves mais importantes da história da classe trabalhadora nos Estados Unidos foi realizada por dezenas de milhares de trabalhadores têxteis, jovens, imigrantes e precárias. Aconteceu em Lawrence entre 11 de janeiro e 14 de março de 1912 e entrou para a história como a greve do Pão e das Rosas.
Essa é uma das greves que Josefina L. Martínez resgata na primeira parte do livro “Nós mulheres, o proletariado - Greves de mulheres trabalhadoras, ontem e hoje”, um livro sobre as lutas das mulheres, atravessadas por classes e migrações.

Em outros capítulos, a autora recupera a história da revolta feminina contra o aumento dos preços em Barcelona, ​​Málaga e Alicante em 1918; as greves das inquilinas nas primeiras décadas do século 20, os dias de luta das operárias que iniciaram a Revolução Russa e outros conflitos importantes, mas menos conhecidos, como a greve que as trabalhadoras têxteis da Induyco, contra a Corte Inglesa, em Madrid e Cáceres em 1977, durante a Transição Espanhola, entre outras.

A segunda parte do livro dá ênfase a "algumas lutas atuais das mulheres trabalhadoras, em meio a uma pandemia global que afeta mulheres migrantes e precárias: histórias de mulheres na linha de frente". Do grito de diaristas contra o abuso e a exploração nas plantações de morangos aos protestos de enfermeiras e faxineiros em hospitais de Madrid ou Nova York. As novas organizações de trabalhadores domésticos contra a escravidão moderna e as greves selvagens de mulheres jovens que desafiam a exploração nas maquilas globais, bem como aquelas que defendem os recursos naturais de seus territórios contra as multinacionais.

Sobre a autora

Josefina L. Martínez é historiadora e autora de “Revolutionaries” (Lengua de Rapo, 2018), co-autora de “Patriarcado y capitalismo (Akal, 2019) e de “Cem anos de história do trabalho na Argentina” (IPS, 2017), editora do Izquierda Diario.es. Também é referência do grupo internacional de mulheres Pan y Rosas.

Prefácio e capítulo inédito para a edição em português

A escolha e a importância desse título traduzido para o português são expostas no prólogo escrito por Diana Assunção, historiadora e autora do livro A precarização tem rosto de mulher e Letícia Parks, coautora de Mulheres negras e marxismo e A revolução e o negro, das Edições Iskra. Letícia colabora com o resgate da situação e das lutas das trabalhadoras negras brasileiras.

Sobre a ilustradora

O livro conta com a colaboração da ilustradora Emma Gascó, que colabora com organizações feministas, dando um rosto a essas lutadoras por meio de belas e chamativas ilustrações coloridas.

Pré-venda

Para a publicação do livro, contamos com uma campanha de financiamento coletivo. Neste link, você pode ser parte deste projeto editorial a partir da sua colaboração com a pré-venda.
As Edições Iskra atuam de forma independente, com a contribuição somente de autores, equipes editoriais e colaboradores. Nesse sentido, sua contribuição financeira na pré-venda é fundamental, e contará com lindos brindes relacionados à obra que serão oferecidos de acordo com o valor da sua contribuição.

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