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FILAS POR UTI | Em São Paulo, descaso privatista de Dória eleva para 38 o número de mortes na fila da UTI

Em apenas 10 dias do mês de março, 38 pacientes com covid-19 morreram na fila de espera por leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Estado de São Paulo, segundo levantamento do Globo. O secretário da Saúde estadual, Jean Gorinchteyn, afirma que o atualmente estado não tem condições de dar conta dos casos, porém não fala que o governo tucano nada faz para avançar na saúde pública estadual.

quinta-feira 11 de março de 2021 | Edição do dia

Foto: Agência Brasil

Nesta terça (10), foi computado em 10 cidades paulistas o total de 38 mortes, incluindo a Grande São Paulo, o local com mais mortes foi Taboão da Serra, com 12 em 10 dias. Essa região foi alvo do desmonte de Dória de 6 unidades especializadas, deixando cidades como Itapecerica da Serra com apenas uma UBS funcionando, reduzindo leitos de UTI disponíveis e aumentando a lotação.

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Um descaso com a população, principalmente se lembrar que Doria (PSDB) inventa uma fase nova, a roxa, mas que na prática não demonstra nenhuma mudança de caracterização, além de ser culpado pelas mais de 62 mil mortes no estado.

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O secretário da Saúde em declaração afirma que não conseguem dar “fôlego” para abrir leitos, mas não deixa claro a justificativas para não abrir leitos para a demanda necessária, não demonstram seus cadernos de investimento e prioridades. O Estado se comprometeu criar 338 leitos neste mês, mas tá longe da suprir a demanda, fora que política para combater a contaminação não existe de fato, os trabalhadores são obrigados a pegar transporte público lotado, sem direito a quarentena, sem direito a testes massivos, muito menos uma perspectiva de vacinação.

O estado de São Paulo vive a três dias uma escalada no número de óbitos por dia de covid-19, tal como no conjunto do país. Ontem foram mais de 2340 mortes, depois de um ano de pandemia ainda permanece mais que escandaloso os números diários, fruto de uma política negacionista que Bolsonaro levou e leva em diante, questionando até mesmo o uso da máscara, a eficácia da vacinação, e a última do seu clã foi “enfiar máscara no rabo”. Agora o presidente demagogicamente tenta afirmar que nunca foi negacionista, tentando não se responsabilizar pelas mais de 270 mil mortes no país.

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Na maior capital brasileira, a ocupação das UTI só aumenta, sendo a média de 82%, nesta quarta-feira, chegou a um total de 20.876 pacientes internados, sendo 11.692 em enfermarias e 9.184 em UTIs. E em um dia recorde de mortes no Brasil, só em São Paulo foi 517, com uma escala móvel de 11.564 casos, o que demonstra tendência de aumento em relação aos dados passados.

É nesse sentido, que fica mais que claro como os governos, seja Bolsonaro a nível federal, mas também todo o regime golpista através do STF, do Congresso e dos governos estaduais, querem jogar a crise pandêmica e econômica nas costas da classe trabalhadora, que em nada é responsável pelo momento que vivemos. Isso tudo, enquanto os burgueses, como os do agronegócio, ganham milhões dos bancos para expandir ainda mais seus lucros.




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