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Crise social | Polícia assassina do Equador mata 13 detentos em rebelião

País passa por uma série de rebeliões no sistema carcerário, que resultam no assassinato dos detentos, e uma onda de violência com assassinatos, a qual o governo atribui à disputa de gangues por territórios. Recentemente, o Equador presenciou protestos massivos contra as políticas do governo Lasso e a crise social e econômica, os quais foram duramente reprimidos pela polícia. Pelo fim da violência policial e do sistema carcerário!

terça-feira 19 de julho de 2022 | Edição do dia

De acordo com a agência penitenciária do Equador, foram identificados 13 mortos e 2 feridos na prisão de Bellavista, na cidade de Santo Domindo, nesta segunda feira (18). No entanto, ainda ocorrerá uma contagem final realizada pelo governo, o qual pode ser contabilizada novas vítimas. Ainda nesta mesma prisão em Maio deste ano, um outro caso de violência policial deixou 44 mortos e 11 feridos.

Esses casos são indissociáveis da enorme crise social, econômica e política e, consequentemente das recentes manifestações do povo equatoriano contra as políticas neoliberais do governo de Guilherme Lasso, que o fez declarar estado de sítio para reprimir ainda mais os protestos. Assim como as pressões das ruas obrigou o governo a fazer algumas concessões para frear as mobilizações como o não aumento dos combustíveis e a promessa de não fazer mais privatizações, embora estivesse bem aquém das demandas das massas.

Neste cenário de crise social, os casos de homicídios aumentaram em 2021, sendo 14 assassinatos por 100 mil habitantes, o dobro do ano anterior. O governo atribui as rebeliões e a violência ao narcotráfico, que na região é muito predominante. Por outro lado, a situação carcerária no país, com prisões superlotadas, é extremamente precária pelo abandono do Estado e a polícia mata sistematicamente os detentos que se rebelem contra o sistema carcerário, assim como reprimia as manifestações à mando de Lasso.

É preciso que lutemos pelo fim de toda polícia e do sistema carcerário. Para isso, precisamos retomar o potencial de luta e mobilização de 2019 e deste anos sem cair na armadilha de negociação como fez a liderança da CONAIE, com a unidade e mobilização independente dos trabalhadores, camponeses e a juventude para impor suas demandas.




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