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CULTURA | Empresa está utilizando app que seria da Lei Aldir Blanc para coletar dados, diz jornal

Segundo jornal, a empresa “Cenarium”, de Goiás, está promovendo um aplicativo que utiliza a estratégia de “click bait”. A empresa coleta dados pessoais sensíveis de quem baixar um aplicativo sobre a Lei Aldir Blanc. A denúncia foi vinculada no Jornal Abaixo-Assinado de Jacarepaguá.

quinta-feira 10 de setembro de 2020 | Edição do dia

Imagem: Reprodução

Ao telefonar para o número da empresa responsável pelo desenvolvimento do aplicativo, quem atendeu o repórter da mídia comunitária de Jacarepaguá foi uma assistente do pré-candidato a vereador de Goiânia, Gilson Romanelli, do partido PODEMOS.

O aplicativo likado em uma mensagem padrão veiculada no Whatsapp vende “módulos” com informações que já estão públicas nas mídias oficiais dos governos. Ao baixar, o usuário autoriza a empresa a coletar endereço de e-mail, nome completo, RG, CPF, CEP, foto de perfil, nome de usuário, perfis de mídia social (caso vincule ao Facebook), dentre dados bancários, comprovações documentais, financeiras e dados de MEI. Ao baixar, o usuário também autoriza que os dados sejam vendidos ao Estados Unidos. Abaixo, o que está circulando nos grupos:

“Quem se inscreveu para concorrer a este auxílio, será necessário, baixar este app, da imagem enviada. Em seguida, realizar cadastro para ter o acesso liberado a plataforma.”

Não há provas que a empresa “Cenarium” tenha produzido a mensagem, porém o aplicativo da empresa já está como tendência de downloads no Brasil, no App Store.
Não existe notícia na grande mídia, nem na secretaria municipal de cultura do Rio de Janeiro sobre um aplicativo oficial da Lei Aldir Blanc. O Jornal Abaixo-Assinado de Jacarepaguá pediu cautela e reiteramos a todos os produtores e fazedores de cultura que tomem cuidado ao baixar ao app. Antes de realizar qualquer cadastro, procurem as fontes oficiais. Veja aqui os termos de uso.

A cultura está sendo atacada pelo Governo Bolsonaro e a lei Aldir Blanc para socorrer artistas, aprovada há mais de dois meses, ainda não chegou até o bolso dos que precisam. Nesse contexto, essa empresa se aproveita, a fim obter dados sensíveis de artistas.

O pré candidato referido, Gilson Romanelli, do PODEMOS, entrou em contato com O Jornal Abaixo-Assinado de Jacarepaguá e suplicou que removessem seu nome da matéria, pois segundo ele, não há envolvimento do pré candidato com a empresa, tendo-lhe sido apenas emprestado o escritório para a sua campanha. A proprietária da Cenarium, Milene Delian, disse que o aplicativo é desenvolvido para auxiliar as prefeituras a mapear os beneficiários da Lei Aldir Blanc e afirma não ser errado coletar dados com a ciência do cidadão, ela alega também não ter relações com a produção e divulgação da fake news. A proprietária e desenvolvedora se pôs à disposição de refutar a fake News.


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