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Crise social | Endividamento chega a 80% dos lares mais pobres fruto da fome e do desemprego

Segundo levantamento da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), o endividamento atingiu 79,3% dos lares brasileiros em setembro. A Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) mostra que esse índice é o recorde da série histórica no Brasil, iniciada em 2010, e o terceiro aumento consecutivo desse ano.

terça-feira 11 de outubro de 2022 | Edição do dia

Já entre as famílias com renda inferior a 10 salários mínimos, o subiu para 80,3%, também o maior patamar da série histórica. Foi a 1ª vez que o Peic superou o nível de 80%. Entre as famílias com maior renda, a proporção de endividados se manteve estável, em 75,9% A inadimplência de pessoas que atrasaram o pagamento das dívidas atingiu 30%, o maior nível desde o início da pesquisa.

Essa situação é mais uma expressão da grave crise social que o país passa sob o governo Bolsonaro, que se esconde atrás da pandemia e da guerra para justificar a miséria da população, enquanto o agronegócio, os grandes bancos, aumentaram suas fortunas nesse processo. É necessário enfrentar esse governo e seus ataques junto aos grandes capitalistas que descarregam a crise sobre as costas da população.

O que só vai acontecer nas ruas, paralisações e greves, unindo a classe trabalhadora, por um programa que os capitalistas paguem pela crise. Não vai ser se aliando com a direita e os empresários que lucraram com Bolsonaro, como faz a chapa Lula-Alckmin, que veremos esse combate, como ficou bem provado o resultado das urnas.

Para combater a fome e o endividamento, é necessário defender o congelamento do preços dos alimentos e o reajuste automático dos salários conforme a inflação; redução da jornada de trabalho para 30h semanais, para garantia de emprego atacando os lucros capitalistas, e dividindo as horas de trabalho entre empregados e desempregados. A igualdade salarial entre homens e mulheres, brancos e negros, e garantia de direitos para todos, efetivando terceirizados e informais. Assim como, expropriar as grandes empresas alimentícias sob gestão operária e controle popular, como parte da luta pela reforma agrária radical, que garanta alimento para a população. Mas também a criação de um banco estatal único sob controle dos bancários, estatizando o conjunto do sistema bancário, que perdoe as dívidas das famílias e pequenos produtores, e garanta o não pagamento da dívida pública, que suga nossas riquezas para o capital financeiro.




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