Amazon anunciou essa semana 10 mil demissões, entrando na onda das demissões em massa nas empresas de tecnologia, enquanto Jeff Bezos diz ao New York Times que doará em vida mais de 130 bilhões, 10 mil famílias estarão sem renda
terça-feira 15 de novembro de 2022 | Edição do dia
Jeff Bezos que em 2021 foi indicado como o homem mais rico do mundo pela revista Forbes, fortuna essa acumulada durante a brutal exploração de trabalhadores em meio a pandemia, disse para a mídia norte-americana ontem que doará ainda em vida 134 bilhões de dólares para “caridade” e proteção ambiental, enquanto sua empresa a Amazon se prepara para demitir 10 mil funcionários.
Bezos que com o afrouxamento das normas de segurança devido a COVID19 e tendo que se enfrentar com a força da GERAÇÃO U (“U” para "Sindicato", em inglês), multirracial e queer que impôs o direito à sindicalização nos EUA, não ocupa mais o primeiro lugar de homem mais rico do mundo, mas ainda permanece entre os 5, diz que vai doar bilhões para “caridade” e projetos ambientais através da sua própria empresa “Bezos Earth Fund”, uma demagogia imensa de um dos homens mais ricos do mundo que promete 10 mil demissões na Amazon, por conta da queda do preço das ações da empresa.
O absurdo que são essas demissões, não só pelo enorme número de trabalhadores que ficarão sem emprego, mas também por saber que esses trabalhadores estarão desempregados para que o Bezos permaneça no TOP 5 mais ricos do mundo.
Enquanto a Amazon gera milhões em lucro em cima da exploração de mulheres, negros, latinos e pessoas LGBTQIAP+, essa é a geração que organiza greves, que impôs seu sindicato, que organiza sua luta com esse perfil. Contra a demagogia de Bezos e a sede capitalista a GERAÇÃO U aponta um caminho, apenas a auto-organização dos trabalhadores, tomando para si seus instrumentos de luta é que poderá de fato questionar e acabar com a ganância capitalista, que a nós só reserva tristeza, miséria e fome.
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