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Covid-19 | Estudo mostra que 80% dos profissionais da saúde vítimas da Covid-19 eram mulheres

Pesquisa inédita, demonstra que ao menos 4.500 profissionais de saúde foram vítimas do coronavírus entre os meses de março de 2020 e dezembro de 2021. Segundo o estudo, 80% desses profissionais eram mulheres.

quinta-feira 13 de outubro de 2022 | Edição do dia

O estudo divulgado pela Public Services International (PSI), ou Internacional de Serviços Públicos, efetuada por parte da campanha chamada Behind The Mask (Por Detrás da Máscara), apresenta os impactos da Covid-19 entre os profissionais da saúde. O Brasil foi especialmente escolhido (junto ao Zimbábue, Paquistão e na Tunísia) devido à resistência de governos locais a abordarem a luta contra a doença com a seriedade devida. Ou seja, devido ao negacionismo, no Brasil, em especial por Bolsonaro.

Segundo o relatório: “Faltaram equipamentos de proteção, oxigênio, vacinas e medicamentos. Sobraram mensagens falsas e desaforadas do governo sobre a Covid-19, chocando o mundo. E, até hoje, os profissionais da linha de frente seguem desvalorizados no Brasil”, afirma Rosa Pavanelli, secretária-geral da PSI, que tem sua sede mundial em Genebra, e integra a Comissão de Alto Nível do Secretário-Geral da ONU sobre Emprego em Saúde e Crescimento Econômico

Os dados da pesquisa demonstraram que as mortes dos trabalhadores da saúde apresentaram elevação rápida, especialmente nos meses que faltaram equipamentos de proteção individual para esses trabalhadores. Conforme o levantamento, ao menos 4.500 profissionais de saúde de hospitais e clínicas públicos e particulares, morreram de Covid-19 entre março de 2020 e dezembro de 2021. A maioria das mortes ocorreu entre aqueles que trabalhavam junto aos pacientes: técnicos e auxiliares de enfermagem, que representam 70% das vítimas entre esses profissionais, seguidos dos enfermeiros (25%) e médicos (5%). Conforme dados do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), a maioria da força de trabalho no setor é formada por mulheres, foram elas as que mais morreram: oito a cada dez mortes por Covid-19 entre os profissionais de saúde no período pesquisado eram mulheres.

Viemos da emblemática luta dos profissionais da saúde pela manutenção de seu piso salarial. A maioria desses profissionais são mulheres e demonstraram nas ruas a força que a nossa classe possui para enfrentar o regime e os patrões. E assim como esses trabalhadores, que foram duramente castigados pela pandemia e que agora lutam para receber o mínimo que tem direito, outros setores como a juventude, vem tomando as ruas para enfrentar os cortes e os ataques perpetrados por Bolsonaro e o regime golpista.

É através da união desses grupos, que podem ser potencializados através da auto-organização em locais de estudo e trabalho que poderemos enfrentar Bolsonaro e a extrema-direita que se institucionalizou com o primeiro turno. Para isso, é necessário que as centrais saiam de sua paralisia e deixem de apostar mais nas alianças com a direita, a Febraban, a Fiesp e Geraldo Alckmin para confiar na força da nossa classe.




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