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Greve CPTM | Ferroviário da CPTM: "Vocês do Esquerda Diário vieram divulgar nossa luta sem pedir nada em troca"

Veja aqui a cobertura do Esquerda Diário na greve da CPTM em SP contra Doria e os ataques contra a categoria.

sexta-feira 16 de julho de 2021 | Edição do dia

Foto: Divulgação CPTM

São Paulo hoje acordou com uma grande greve dos ferroviários da CPTM. Os trabalhadores das linhas 7, 8, 9 e 10, cruzaram os braços nesta quinta-feira contra o arrocho salarial e a precarização do trabalho impostos por Doria e a empresa que seguem numa ofensiva de privatizações.

Sem reajuste salarial desde 2019, esses trabalhadores sofrem assim como toda nossa classe com os ataques dos patrões e governos que descarregam toda essa crise em nossas costas, enquanto usam da situação atual para lucrarem ainda mais, privatizar e destruir nossos direitos trabalhistas e previdenciários.

Nós do Esquerda Diário estivemos ao lado desses trabalhadores, cobrindo essa luta e mostrando aquilo que a grande mídia burguesa não mostra e fomos recebidos de braços abertos por aqueles lutavam:

"Vocês já são ferroviários, sejam bem-vindos, estamos todos juntos".

Além de que, para a construção de uma saída independente dos capitalistas, é preciso estar ao lado daqueles que se levantam, mostrando que nenhum setor de trabalhadores, juventude ou oprimidos, está sozinho nessa luta contra as mazelas criadas pelos mais ricos.

"Vocês do Esquerda Diário vieram aqui só pra divulgar a nossa luta sem pedir nada em troca, podem contar comigo para apoiar a luta de outras categorias se precisar" - disse trabalhador da CPTM.

Pela manhã, na estação Francisco Morato, da linha 7-Rubi, a polícia bolsonarista de Doria invadiu a estação lotada atirando contra os trabalhadores com balas de borracha e ataques de bombas de gás lacrimogêneo.

Enquanto eram atacados nas redes pelo secretário de transportes de São Paulo, Alexandre Baldy (PSDB), que chamou a greve como “inadmissível”, os trabalhadores se mantiveram em pé pelos seus direitos porque inadmissível é o que os patrões destinam a nós: desemprego, retirada de direitos, fome e privatizações que buscam lucros, precarização da vida dos trabalhadores e pioram os serviços prestados para toda população - como o ataque da privatização dos Correios.

Veja aqui: CCR comprou duas linhas com dinheiro que recebeu de Doria dias antes.

O Esquerda Diário, por reivindicação de trabalhadores, transmitiu a assembleia das linhas 8 e 9, que aconteceu hoje (15/07) às 15 horas:

"O Esquerda Diário é uma mídia de esquerda, vieram aqui para dar voz aos trabalhadores, então têm que poder transmitir a nossa assembleia".

A metroviária Larissa, do Nossa Classe Metroviários, prestou solidariedade à greve dos ferroviários e denunciou a política da burocracia sindical perante essa greve: “a luta de classes tem que ser o fiel da balança para nós trabalhadores, porque não importa que digam que estão pelo impeachment enquanto na hora da luta real fazem de tudo para nos dividir, nos colocar uns contra os outros e desarticular, assim como a UGT e CUT fazem agora.” Isso porque a UGT e a CUT dividiram a categoria, onde o sindicato dirigido pela CUT (PT) não unificou a sua base na greve dos ferroviários que paralisaram e a UGT não batalhou pela unidade da categoria.

Um trabalhadora durante a assembleia de hoje também denunciou, declarando:

"Um sindicato chamou a greve pra um dia e o outro para outra data, isso só enfraquece a nossa luta e é bom pra empresa".

Seguiremos firmes ao lado de todos os ferroviários e trabalhadores pela construção de unidade da nossa classe para barrar todos os ataques e impulsionando uma política independente contra Bolsonaro, Mourão, Doria e toda a direita liberal. E colocando o Esquerda Diário como ferramenta para auto-organização da nossa classe na nossa luta!

"O Esquerda Diário é mais do que necessário porque pode ajudar a gente a criar uma rede de trabalhadores" - disse o trabalhador em greve da CPTM-SP.




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