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Eleições do Conselho Universitário | Vote nos 3 candidatos escolhidos pela assembléia do Sintusp

Dia 09/06/22 vai ocorrer a eleição dos três representantes dos trabalhadores da USP para o Conselho Universitário. O Conselho Universitário é um dos espaços mais antidemocráticos da universidade e onde são tomadas decisões importantes que têm impacto na vida de estudantes, trabalhadores e professores da USP. Para estas eleições, a categoria indicou em assembleia o nome de Barbara Della Torre (Babi) do HU, Reinaldo Santos da FE, e Samuel Ribeiro da FM de RP, os três candidatos comprometidos em defender as posições e demandas aprovadas pela categoria. Chamamos todos os trabalhadores a votarem nos três nomes para fortalecer o nosso Sindicato e a luta por nossas reivindicações coletivas.

segunda-feira 6 de junho de 2022 | 19:05

A indicação dos três nomes se deu em assembleia importante realizada dia 24/05 em que foram apresentados 3 nomes pela diretoria do sindicato e onde as companheiras e companheiros do Movimento Nossa Classe defenderam a importância da unidade dos lutadores e de que essa unidade se expressasse em uma chapa unificada para concorrer às eleições de representantes do CO e defendendo que o nome da companheira Barbara Della Torre (Babi), trabalhadora do Hospital Universitário fosse uma das candidatas apoiadas pela assembléia.

O Conselho Universitário é o órgão máximo de deliberação dentro da estrutura de poder da USP. É um espaço totalmente anti-democrático, composto por mais de 100 professores, em sua quase totalidade titulares e diretores de unidades, 15 estudantes e apenas 03 funcionários. Por isso, inclusive, o último Congresso da nossa categoria aprovou como demanda a “dissolução do Conselho Universitário e a organização de uma Assembleia Estatuinte Livre e Soberana para decidir os rumos da Universidade e por um governo de estudantes, trabalhadores e professores com maioria estudantil”. Ainda assim, é importante que busquemos ocupar esse espaço ínfimo de representação dos mais de 14 mil trabalhadores da USP com representantes comprometidos com as reivindicações e a luta da nossa categoria, em defender as demandas dos estudantes e professores e colocar essa posição a serviço de fortalecer a luta e organização dos trabalhadores fora do próprio CO.

Hoje, a luta da nossa categoria passa pela denúncia das condições de trabalho que estamos sendo submetidos, especialmente a partir da aprovação dos parâmetros de sustentabilidade em 2017, que congelou contratações, fazendo com que as demissões voluntárias e aposentadorias dos últimos 10 anos não tenham sido repostas até hoje e com que houvesse uma redução de mais de 4 mil funcionários na universidade gerando uma sobrecarga de trabalho, aumento de assédios e adoecimento físico e psicológico dos trabalhadores. Paralelo a essa política, a burocracia universitária desvinculou o Hospital de Anomalias Craniofaciais (HRAC) da USP e avançou no desmonte do Hospital Universitário, com o fechamento de leitos e restrição do atendimento à população e à própria comunidade USP.

Por isso é fundamental fortalecer a organização dos trabalhadores, estudantes e professores em todas as unidades, unificar os lutadores que intervieram juntos em várias batalhas da nossa classe e da nossa categoria e fortalecer o Sintusp. Precisamos fortalecer a nossa organização para estar em melhores condições para seguir a defesa intransigente de contratações efetivas para a USP, especialmente para o Hospital Universitário, para a Escolha de Aplicação, creches, bandejões e prefeitura, arrancar com a nossa luta a revogação da desvinculação do HRAC da USP, reverter a defasagem salarial e defender as trabalhadoras terceirizadas. Essa batalha, Babi, trabalhadora do HU e atual representante dos trabalhadores no Conselho Universitário, junto de Reinaldo, vêm fazendo, utilizando dos espaços de fala no CO para serem porta-vozes da situação de sobrecarga colocada para os trabalhadores do Hospital devido à política de desmonte promovida pela Reitoria e desmascarando os discursos demagógicos que falam em defesa do SUS, mas na prática precarizam as condições de atendimento público, incentivando e favorecendo as medidas das iniciativas privadas.

As políticas de precarização do trabalho e de retirada dos direitos conquistados, como atendimento hospitalar e creche afetam em primeiro lugar a mulher trabalhadora. Nos últimos anos a Reitoria fechou duas creches na Universidade, que atendiam principalmente os filhos das trabalhadoras. Essas medidas, ligado com o controle rigoroso do ponto pela via eletrônica, tem afetado a vida de inúmeras trabalhadoras que se vêem tendo que perder o dia ou horas de trabalho para garantir alguns cuidados dos filhos, e que não são contemplados no acordo coletivo.

É também cada vez mais absurda a situação a que estão submetidas as trabalhadoras terceirizadas da Universidade, concentradas principalmente nos serviços de higienização e limpeza, sendo a maioria absoluta mulheres negras. Essas trabalhadoras estiveram trabalhando presencialmente durante toda a pandemia, sem que a USP fornecesse segurança sanitária adequada, EPIs ou a liberação de pessoas que compunham o grupo de risco pela covid-19 por possuírem alguma comorbidade. Em várias unidades essas trabalhadoras ainda sofreram com a redução salarial, autorizada pela MP da morte de Bolsonaro e em outras foram diretamente demitidas, Todas essas medidas foram tomadas com a ciência e o aval dos Diretores de Unidades e da Reitoria. O silêncio sobre essas medidas de ataque só foi quebrado pelos representantes dos trabalhadores no Conselho Universitário que denunciavam essa situação absurda, como nesse vídeo da Bárbara (Babi).

A reitoria com seu discurso demagógico de inclusão e diversidade tem nas suas últimas gestões proferido ataques brutais às trabalhadoras efetivas e terceirizadas da universidade. Além do fechamento de creches e diminuição das vagas, o que golpeou alunas, funcionárias e professoras da universidade. Os setores de maior presença de trabalhadoras são os mais duramente atacados, como já dissemos acima sobre as trabalhadoras terceirizadas. O escritório USP mulheres, desde a sua criação durante a gestão Zago, tem sistematicamente ignorado as demandas das trabalhadoras, especialmente das mães. Agora, após o retorno das atividades presenciais na universidade, as trabalhadoras têm que se virar com o cuidado dos filhos quando as escolas retornam ao ensino remoto, ou para acompanhar as consultas médicas dos filhos, muitos dos quais ainda não puderam se vacinar por causa da idade.

Diante dessas dificuldades que as mulheres trabalhadoras enfrentam na Universidade de São Paulo não deixa de ser sintomático que, dos 09 candidatos na disputa pela representação dos trabalhadores no Conselho Universitário, tenha apenas uma mulher, a trabalhadora Barbara (Babi) do HU, que não à toa, também é uma das representantes aprovadas pela categoria em assembleia junto de Reinaldo e Samuel e é integrante da Secretaria de Mulheres do Sindicato.

Por isso, para fortalecer o nosso sindicato e também para termos a certeza de que os representantes dos trabalhadores no Conselho Universitário estarão comprometidos com as demandas e reivindicações da categoria, chamamos todos e todas no dia 09/06 a votarem nos 03 nomes aprovados pela assembleias: Bárbara Della Torre (Babi) do HU, Reinaldo Santos Silva da FE, e Samuel Ribeiro Filipini, da FM de RP.




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