Marcelo Freixo disse que não defende mais a legalização das drogas, se aliando com burgueses em busca do voto conservador.
quinta-feira 18 de agosto de 2022 | Edição do dia
Marcelo Freixo (PSB) segue em sua cruzada para ser identificado como um político burguês igual à qualquer outro, e o último episódio foi a declaração do ex psolista de que não defende mais a legalização às drogas. Freixo nunca foi militante verdadeiro da pauta da legalização porque isso afastava os votos conservadores, e agora aprofunda ainda mais sua política direitista ao chancelar abertamente a guerra às drogas.
Após a declaração de Freixo em entrevista à Record, Carolina Cacau manifestou-se em seu Twitter, afirmando que o programa de Freixo para o governo do Estado do Rio de Janeiro é igual ao programa de qualquer partido burguês:
Freixo disse q não defende mais a legalização das drogas, mesma posição dos políticos burgueses pra criminalizar a pobreza c/ violência policial. Q fique claro o que está em jogo, quanto maior a Frente Ampla com a direita, mais inexistente é defesa das demandas dos trabalhadores.
— Carolina Cacau - 16555 (@carolina__cacau) August 17, 2022
Cacau lembrou, ainda, que a política direitista de Freixo começou a ser gestada dentro do próprio PSOL, quando este não defendia ativamente pautas democráticas simples como a legalização das drogas, para não afastar o voto conservador.
Toda vez q vejo Freixo defender uma barbaridade, eu penso na importância q teve desde sempre, fazer política sabendo dialogar com quem votava nele contra Crivella e Paes, mas sempre nos separando e mostrando q ele já dava vários indícios que ia seguir um caminho de direita +
— Carolina Cacau - 16555 (@carolina__cacau) August 17, 2022
O avanço destas posições de Freixo agora o levam a defender abertamente a guerra as drogas, ao ficar ao lado daqueles que defendem a criminalização. A política de criminalização serve como cobertura para a prática das operações nas favelas, chacinas e assassinatos cometidos pelas polícia, afetando primeiramente a população preta, que são os que mais morrem pela ação da polícia.
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Também é através da criminalização que agentes estatais lucram com a corrupção, ao usarem suas posições para facilitar o tráfico de drogas, que anda lado a lado com o tráfico de armas. E quando é no avião da FAB que a cocaína é encontrada, o estado age de maneira diferente do que quando invade o morro com o caveirão, matando inocentes em nome de uma suposta guerra ao tráfico.
Cacau lembrou também que não vem de hoje a política de aproximação com a as polícias por parte de Freixo, o que a levou em 2018 a decidir não lançar a candidatura pelo PSOL quando este partido decidiu, por iniciativa de Freixo, indicar um ex comandante da PMERJ como candidato a vice prefeito do Rio de Janeiro.